Salmos 49

49 Ouçam isto, todos os povos. Prestem atenção, todos os que vivem no mundo,
Tanto pequenos como grandes, Tanto ricos como pobres.
Minha boca falará com sabedoria, E as reflexões do meu coração revelarão entendimento.
Prestarei atenção em um provérbio; Explicarei o meu enigma com a harpa.
Por que deverei ficar com medo em tempos de aflição, Quando estiver cercado pela maldade dos que tentam me derrubar?
Aqueles que confiam na sua fortuna E se gabam das suas muitas riquezas,
Nenhum deles pode jamais remir um irmão Nem dar a Deus um resgate por ele
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A ideia de que riquezas não podem redimir alguém é reforçada em sl49:15 e ecoada por Jesus em mt16:26. A redenção é vista como ato divino, não humano.
(O preço de resgate pela sua vida é tão alto Que estará sempre além do alcance deles),
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O termo 'cessará para sempre' pode gerar confusão: o hebraico original sugere que o resgate é 'caro demais' (yaqar). A Septuaginta traduz como 'cessará' (pausetai), possivelmente referindo-se à morte inevitável do rico.
Para que ele viva para sempre e não veja a cova.
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A promessa de 'não ver corrupção' foi interpretada messianicamente (ver at13:35-37). Originalmente, porém, pode referir-se à esperança do salmista numa vida além da morte, contrapondo-se à sorte dos ímpios.
O homem vê que até mesmo os sábios morrem; O tolo e o insensato perecem juntos, Deixando sua riqueza para outros.
No íntimo, o desejo deles é que suas casas durem para sempre; Suas tendas, geração após geração. Eles deram seu nome às suas propriedades.
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Dar nomes às terras era prática comum de reis (ex.: gn41:45). Arqueologia comprova inscrições assírias e egípcias onde governantes 'marcavam' territórios conquistados com seus nomes.
Mas o homem, mesmo que tenha prestígio, não permanecerá; Ele não é melhor que os animais, que morrem.
Esse é o caminho dos tolos E dos que os seguem, que têm prazer em suas palavras vazias. ( Selá )
Como ovelhas, foram condenados à Sepultura. A morte os pastoreará; De manhã, aqueles que são retos dominarão sobre eles. Todo vestígio deles desaparecerá; A Sepultura, e não um palácio, será a sua morada.
Mas Deus me resgatará do poder da Sepultura, Pois de lá ele me tomará. ( Selá )
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'Deus remirá minha alma' contrasta com a impotência humana do verso 7. Em at2:27-31, Pedro aplica este verso à ressurreição de Cristo, interpretando 'sepultura' (sheol) como hades (mundo dos mortos).
Não tenha medo quando um homem enriquece, Quando o esplendor da sua casa aumenta,
Pois, quando ele morrer, não poderá levar nada consigo; Seu esplendor não descerá com ele.
Pois durante a sua vida ele felicita a si mesmo (As pessoas elogiam você, quando prospera),
Mas por fim ele se junta à geração dos seus antepassados. Eles nunca mais verão a luz.
O homem que não entende isso, mesmo que tenha prestígio, Não é melhor que os animais, que morrem.
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A comparação entre humanos honrados e animais perecíveis ecoa ec3:18-20. O salmo critica a arrogância humana, igualando-a à mortalidade animal numa perspectiva pré-científica.