Rute 2
12 Noemi tinha um parente muito rico por parte do seu marido. O nome dele era Boaz, e ele era da família de Elimeleque.
2Rute, a moabita, disse a Noemi: “Por favor, deixe que eu vá ao campo e respigue cereal atrás de alguém que me mostre favor.” Portanto, Noemi lhe disse: “Vá, minha filha.”
3Então ela foi e começou a respigar no campo, atrás dos ceifeiros. Por acaso ela foi parar num campo que pertencia a Boaz, que era da família de Elimeleque.
4Naquele momento, Boaz chegou de Belém e disse aos ceifeiros: “Jeová esteja com vocês.” E eles responderam: “Jeová o abençoe.”
5Boaz perguntou então ao servo encarregado dos ceifeiros: “A que família essa moça pertence?”
6O servo encarregado dos ceifeiros respondeu: “A moça é uma moabita que voltou com Noemi dos campos de Moabe.
7Ela disse: ‘Por favor, posso respigar e recolher as espigas cortadas que forem deixadas para trás pelos ceifeiros?’ E ela ficou de pé desde que chegou esta manhã; só se sentou agora no abrigo, para descansar um pouco.”
8Então Boaz disse a Rute: “Escute, minha filha. Não vá respigar em outro campo, nem vá para nenhum outro lugar. Fique perto das minhas servas.
9Fique atenta ao campo que ceifarem e vá com elas. Dei ordem aos servos para que não toquem em você. Quando estiver com sede, vá até os jarros e beba a água que os servos tirarem.”
10Em vista disso, ela se prostrou com o rosto por terra e lhe perguntou: “Como é que eu achei favor aos seus olhos, e por que o senhor reparou em mim, se eu sou uma estrangeira?”
11Boaz lhe respondeu: “Contaram-me tudo o que você fez por sua sogra depois da morte do seu marido, e que você deixou seu pai, sua mãe e a terra dos seus parentes, e veio morar com um povo que não conhecia.
12Que Jeová a recompense pelo que você tem feito e que haja para você um salário perfeito da parte de Jeová, o Deus de Israel, debaixo das asas de quem você veio buscar refúgio.”
13Então ela disse: “Que eu ache favor aos seus olhos, meu senhor, visto que me consolou e falou de um modo que tranquilizou esta sua serva, embora eu nem seja uma das suas servas.”
14Na hora da refeição, Boaz lhe disse: “Venha comer pão e mergulhe seu pedaço no vinagre.” Então ela se sentou junto aos ceifeiros, e ele lhe ofereceu cereal torrado. Ela comeu e ficou satisfeita, e ainda sobrou.
15Quando ela se levantou para respigar, Boaz ordenou aos seus servos: “Deixem que ela respigue entre as espigas cortadas, e não a incomodem.
16Além disso, tirem algumas espigas dos feixes e deixem-nas para trás, para que ela as respigue, e não digam nada para impedi-la.”
17Assim, ela continuou a respigar no campo até anoitecer. Depois bateu o que tinha respigado, e deu cerca de uma efa de cevada.
18Então apanhou a cevada e entrou na cidade, e sua sogra viu o que ela tinha respigado. Rute também pegou o alimento que havia sobrado depois da refeição, quando comeu e ficou satisfeita, e o deu a ela.
19Sua sogra disse-lhe então: “Onde você respigou hoje? Onde você trabalhou? Abençoado seja aquele que reparou em você.” Assim, ela falou à sua sogra sobre a pessoa com quem tinha trabalhado: “O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz.”
20Noemi disse então à sua nora: “Seja ele abençoado por Jeová, que não falhou em demonstrar amor leal para com os vivos e os mortos.” E Noemi acrescentou: “O homem é nosso parente. Ele é um dos nossos resgatadores.”
21Então Rute, a moabita, disse: “Ele me disse também: ‘Fique perto dos meus servos até que tenham terminado toda a minha colheita.’”
22Assim, Noemi disse a Rute, sua nora: “Minha filha, é melhor você acompanhar as servas dele do que ser incomodada em outro campo.”
23Assim, ela ficou perto das servas de Boaz e respigou até o fim da colheita da cevada e da colheita do trigo. E ela continuou morando com a sua sogra.