Neemias 4
14 Assim que Sambalá ouviu que estávamos reconstruindo a muralha, ficou irado e muito aborrecido, e começou a zombar dos judeus.
2E ele disse na presença dos seus irmãos e do exército de Samaria: “O que esses judeus fracos estão fazendo? Acham que vão fazer isso sozinhos? Será que oferecerão sacrifícios? Terminarão a obra num só dia? Vão fazer reviver as pedras queimadas dentre os montes de entulho poeirento?”
3Tobias, o amonita, estava ao seu lado e disse: “Até mesmo uma raposa conseguiria derrubar essa muralha de pedras que estão construindo se subisse nela.”
4Ouve, ó nosso Deus, porque estamos sendo tratados com desprezo; faz com que a zombaria deles volte sobre as suas próprias cabeças, e que eles sejam levados cativos como despojo para uma terra estrangeira.
5Não ignores a sua culpa nem deixes que o seu pecado seja apagado de diante de ti, pois eles insultaram os construtores.
6Então continuamos a construir a muralha. Fechamos todas as brechas e a reconstruímos até a metade da sua altura. E o povo continuou a trabalhar com dedicação.
7Assim que Sambalá, Tobias, os árabes, os amonitas e os asdoditas souberam que o conserto das muralhas de Jerusalém estava avançando e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram muito irados.
8Todos eles conspiraram para vir lutar contra Jerusalém e causar confusão ali.
10No entanto, alguns entre o povo de Judá diziam: “Os trabalhadores estão esgotados, e há entulho demais; nós nunca conseguiremos reconstruir a muralha.”
11E os nossos inimigos diziam: “Antes que eles percebam ou nos vejam, entraremos bem no meio deles; vamos matá-los e parar a obra.”
12Vez após vez, sempre que os judeus que moravam perto deles entravam na cidade, eles nos diziam: “Eles nos atacarão de todos os lados.”
13De modo que coloquei guardas nas partes mais baixas e desprotegidas atrás da muralha; eu os posicionei divididos por famílias, armados com espadas, lanças e arcos.
14Quando percebi que estavam com medo, fui imediatamente dizer aos nobres, aos subgovernadores e ao restante do povo: “Não tenham medo deles. Lembrem-se de Jeová, que é grande e inspira temor, e lutem por seus irmãos, seus filhos e suas filhas, suas esposas e seus lares.”
15Depois que os nossos inimigos souberam que tínhamos descoberto o que eles estavam fazendo, e que o verdadeiro Deus tinha frustrado os seus planos, todos nós voltamos a trabalhar na muralha.
16Daquele dia em diante, metade dos meus homens trabalhava na obra enquanto a outra metade ficava de guarda com lanças, escudos, arcos e cotas de malha. E os príncipes apoiavam todos os da casa de Judá,
17que reconstruíam a muralha. Os carregadores faziam o trabalho com uma das mãos, e com a outra seguravam uma arma.
18Cada um dos construtores tinha uma espada na cintura enquanto trabalhava, e o homem que tocava a buzina ficava ao meu lado.
19Então eu disse aos nobres, aos subgovernadores e ao restante do povo: “A obra é grande e extensa, e estamos espalhados ao longo da muralha, muito longe uns dos outros.
20Quando ouvirem o som da buzina, juntem-se a nós onde estivermos. Nosso Deus lutará por nós.”
21Assim, continuávamos a trabalhar enquanto a outra metade ficava com as lanças na mão, desde o raiar do dia até saírem as estrelas.
22Naquele tempo eu disse ao povo: “Que todos os homens e seus ajudantes passem a noite em Jerusalém. À noite eles servirão como guardas para nós, e durante o dia trabalharão na obra.”
23Por isso eu, meus irmãos, meus ajudantes e os guardas que me seguiam nunca tirávamos as vestes. Cada um ficava com a sua arma na mão direita.