Mateus 9

19 Assim, ele subiu no barco, atravessou para a outra margem e entrou na sua própria cidade.
2E logo lhe trouxeram um homem paralítico, deitado numa maca. Ao ver a fé que tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho! Seus pecados estão perdoados.”
3Diante disso, alguns escribas disseram para si mesmos: “Este homem blasfema.”
4Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que vocês pensam coisas más no coração?
5Por exemplo, o que é mais fácil dizer: ‘Seus pecados estão perdoados’, ou: ‘Levante-se e ande’?
6No entanto, a fim de que vocês saibam que o Filho do Homem tem autoridade na terra para perdoar pecados . . .”, ele disse então ao paralítico: “Levante-se, apanhe a sua maca e vá para casa.”
7E ele se levantou e foi para casa.
8Ao verem isso, as multidões ficaram com medo e glorificaram a Deus, que tinha dado tal autoridade a homens.
9Depois, indo adiante, Jesus viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria, e lhe disse: “Seja meu seguidor.” Então ele se levantou e o seguiu.
10Mais tarde, enquanto estava comendo na casa, chegaram muitos cobradores de impostos e pecadores, e começaram a comer com Jesus e seus discípulos.
11Mas, ao verem isso, os fariseus perguntaram aos discípulos dele: “Por que o seu instrutor come com cobradores de impostos e pecadores?”
12Ele os ouviu e disse: “As pessoas saudáveis não precisam de médico, mas sim os doentes.
13Portanto, vão e aprendam o que significa: ‘Quero misericórdia, e não sacrifício.’ Pois eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.”
14Então, os discípulos de João se aproximaram dele e lhe perguntaram: “Por que nós e os fariseus praticamos o jejum, mas os seus discípulos não jejuam?”
15Jesus lhes disse: “Será que os amigos do noivo têm motivo para ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Mas virão dias em que o noivo será tirado deles, e então jejuarão.
16Ninguém costura um remendo de pano novo numa roupa velha, pois o remendo de pano novo repuxará a roupa, e o rasgão ficará pior.
17Também não se põe vinho novo em odres velhos. Caso se faça isso, os odres arrebentarão, o vinho se derramará e os odres ficarão arruinados. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos são preservados.”
18Enquanto lhes dizia isso, certo líder, que havia se aproximado, curvou-se diante dele, dizendo: “Minha filha já deve estar morta, mas venha e ponha a sua mão sobre ela, e ela voltará a viver.”
19Então Jesus se levantou e, com seus discípulos, o seguiu.
20Nisto, uma mulher, que por 12 anos sofria de um fluxo de sangue, se aproximou dele por trás e tocou na borda da sua roupa,
21pois dizia a si mesma: “Se eu apenas tocar na sua roupa, ficarei boa.”
22Jesus se virou e, ao vê-la, disse: “Coragem, filha! A sua fé fez você ficar boa.” E, a partir daquele momento, a mulher ficou curada.
23Quando chegou à casa do líder da sinagoga e viu os flautistas e a multidão em alvoroço,
24Jesus disse: “Retirem-se daqui, pois a menina não morreu; ela está dormindo.” Em vista disso, começaram a rir dele com desprezo.
25Assim que a multidão foi mandada para fora, ele entrou e pegou na mão da menina, e ela se levantou.
26Naturalmente, a notícia sobre isso se espalhou por toda aquela região.
27Enquanto Jesus ia adiante, dois cegos o seguiam, gritando: “Tenha misericórdia de nós, Filho de Davi.”
28Depois de ele entrar na casa, os cegos se dirigiram a ele, e Jesus lhes perguntou: “Vocês têm fé em que eu posso fazer isso?” Responderam-lhe: “Sim, Senhor.”
29Então tocou nos olhos deles, dizendo: “Que lhes aconteça segundo a sua fé.”
30E os olhos deles receberam visão. Além disso, Jesus os advertiu com firmeza, dizendo: “Tomem cuidado para que ninguém saiba disso.”
31Mas, depois de saírem, eles espalharam as notícias sobre ele em toda aquela região.
32Quando estavam indo embora, apareceram algumas pessoas trazendo a ele um homem mudo, possesso de um demônio;
33e, depois que o demônio foi expulso, o mudo falou. As multidões ficaram admiradas e disseram: “Nunca se viu nada igual em Israel.”
34Mas os fariseus diziam: “É pelo governante dos demônios que ele expulsa os demônios.”
35E Jesus começou uma viagem por todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas novas do Reino e curando todo tipo de doenças e todo tipo de enfermidades.
36Vendo as multidões, sentia pena delas, porque eram esfoladas e jogadas de um lado para outro como ovelhas sem pastor.
37Ele disse então aos seus discípulos: “A colheita, realmente, é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38Por isso, peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a Sua colheita.”