Marcos 5

15 Chegaram então à outra margem do mar, à região dos gerasenos.
2E, assim que Jesus saiu do barco, um homem sob o poder de um espírito impuro saiu dentre os túmulos e foi ao seu encontro.
3Ele vivia entre os túmulos, e, até aquele tempo, absolutamente ninguém havia sido capaz de mantê-lo preso, nem mesmo com uma corrente.
4Muitas vezes ele tinha sido preso com correntes nos pés e nas mãos, mas ele quebrava as correntes das mãos e despedaçava as dos pés; e ninguém tinha força para dominá-lo.
5E, incessantemente, noite e dia, ele gritava nos túmulos e nos montes, e se cortava com pedras.
6Mas, ao ver Jesus a certa distância, correu e se curvou diante dele.
7Então gritou, em voz bem alta: “O que você quer comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Jure por Deus que não me atormentará.”
8Pois Jesus havia lhe dito: “Saia do homem, espírito impuro!”
9Mas Jesus lhe perguntou: “Qual é o seu nome?” E ele respondeu: “Meu nome é Legião, porque há muitos de nós.”
10E suplicava a Jesus que não enviasse os espíritos para fora daquela região.
11Havia então uma grande manada de porcos pastando no monte.
12Por isso os espíritos lhe suplicaram: “Mande-nos para os porcos, para que entremos neles.”
13E ele lhes deu permissão. Assim, os espíritos impuros saíram e entraram nos porcos; e a manada se jogou despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, cerca de 2.000 deles, e se afogaram no mar.
14Mas os que cuidavam dos porcos fugiram e contaram isso na cidade e na zona rural, e as pessoas foram ver o que tinha acontecido.
15Assim, aproximaram-se de Jesus e viram o possesso de demônios, que havia tido a legião, sentado, vestido e em perfeito juízo; e ficaram com medo.
16Também, os que tinham visto tudo aquilo lhes contaram o que tinha acontecido com o homem possesso de demônios e com os porcos.
17Assim, começaram a suplicar a Jesus que saísse daquela região.
18Então, quando ele estava entrando no barco, o homem que tinha estado possesso de demônios suplicou que o deixasse ir com ele.
19No entanto, ele não deixou, mas disse-lhe: “Vá para casa, para seus parentes, e conte-lhes tudo o que Jeová fez por você e a misericórdia que ele lhe demonstrou.”
20O homem foi embora e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus havia feito por ele; e todos ficavam admirados.
21Depois de Jesus ter passado novamente, no barco, para a margem oposta, ajuntou-se a ele uma grande multidão, e ele estava à beira do mar.
22Chegou então um dos presidentes da sinagoga, chamado Jairo, e, ao vê-lo, se prostrou aos seus pés.
23Ele lhe suplicou muitas vezes: “Minha filhinha está gravemente doente. Por favor, venha e ponha as mãos sobre ela, para que possa ficar boa e viver.”
24Assim, Jesus foi com ele, e uma grande multidão o seguia e apertava.
25E havia uma mulher que por 12 anos sofria de um fluxo de sangue.
26Ela havia sofrido muito às mãos de muitos médicos, e tinha gastado todos os seus recursos, sem ter melhorado, mas, em vez disso, tinha ficado pior.
27Tendo ouvido falar de Jesus, ela se aproximou por trás dele, na multidão, e tocou na sua roupa,
28pois dizia: “Se eu apenas tocar na sua roupa, ficarei boa.”
29E o seu fluxo de sangue secou imediatamente, e ela sentiu no corpo que tinha sido curada daquela doença aflitiva.
30Imediatamente, Jesus percebeu que havia saído poder dele, e ele se virou na multidão e perguntou: “Quem tocou na minha roupa?”
31Seus discípulos lhe disseram: “O senhor está vendo que a multidão o aperta, e ainda pergunta: ‘Quem me tocou?’”
32Mas ele estava olhando em volta para ver quem tinha feito isso.
33A mulher, tremendo de medo, sabendo o que tinha lhe acontecido, se aproximou e se prostrou diante dele, e lhe disse toda a verdade.
34Ele disse a ela: “Filha, a sua fé fez você ficar boa. Vá em paz e fique curada da sua doença aflitiva.”
35Enquanto ele ainda falava, chegaram alguns homens da casa do presidente da sinagoga e disseram: “Sua filha morreu! Por que incomodar mais o Instrutor?”
36Mas Jesus ouviu as palavras deles e disse ao presidente da sinagoga: “Não tenha medo, apenas exerça fé.”
37Então não deixou ninguém acompanhá-lo, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
38Assim, chegaram à casa do presidente da sinagoga, e ele viu o alvoroço e os que choravam e lamentavam em alta voz.
39Depois de entrar, disse-lhes: “Por que vocês estão chorando e fazendo esse alvoroço? A menina não morreu; ela está dormindo.”
40Em vista disso, começaram a rir dele com desprezo. Mas, depois de mandar que todos saíssem, ele levou consigo o pai e a mãe da menina e os que estavam com ele, e entrou onde a menina estava.
41Então, pegando a mão da menina, disse-lhe: “Talita cumi”, que traduzido significa: “Menina, digo-lhe: Levante-se!”
42E a menina se levantou imediatamente e começou a andar. (Ela tinha 12 anos de idade.) Com isso, eles não conseguiram se conter de tanta alegria.
43Mas ele lhes ordenou vez após vez que não deixassem ninguém saber disso, e mandou que dessem a ela algo para comer.