Marcos 3

13 Novamente ele entrou numa sinagoga, e ali estava um homem com a mão atrofiada.
2Assim, observavam-no atentamente para ver se curaria o homem no sábado, a fim de acusá-lo.
3Ele disse ao homem com a mão atrofiada: “Levante-se e venha para o centro.”
4A seguir, ele lhes perguntou: “É permitido, no sábado, fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida ou matar?” Mas eles continuaram calados.
5Depois de olhar para os que estavam à sua volta, com indignação e profundamente triste com a insensibilidade do coração deles, ele disse ao homem: “Estenda a mão.” Ele a estendeu, e a mão foi restabelecida.
6Os fariseus saíram então e imediatamente começaram a conspirar com os partidários de Herodes contra Jesus, para matá-lo.
7Mas Jesus foi para o mar com os seus discípulos, e uma grande multidão da Galileia e da Judeia o seguia.
8Ao ouvir falar de quantas coisas ele fazia, uma grande multidão foi ao encontro dele, até mesmo de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão e dos arredores de Tiro e de Sídon.
9E ele disse aos seus discípulos que mantivessem um pequeno barco à disposição dele, para que a multidão não o apertasse.
10Visto que ele curava a muitos, todos os que tinham doenças graves se aglomeravam em volta dele para tocá-lo.
11Até mesmo os espíritos impuros, sempre que o viam, se prostravam diante dele, gritavam e diziam: “Você é o Filho de Deus.”
12Muitas vezes, porém, ele lhes ordenou com firmeza que não dissessem a outros quem ele era.
13Ele subiu a um monte e convocou os que ele quis, e eles se dirigiram a ele.
14Formou então um grupo de 12, a quem deu o nome de apóstolos, aqueles que o acompanhariam e que ele enviaria para pregar,
15com autoridade para expulsar demônios.
16E no grupo dos Doze que ele formou estavam Simão (a quem também deu o nome de Pedro),
17Tiago, filho de Zebedeu, João, irmão de Tiago (ele também deu a estes o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão”),
18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananita,
19e Judas Iscariotes, que mais tarde o traiu. Então ele entrou numa casa,
20e novamente a multidão se ajuntou, de modo que não podiam sequer tomar uma refeição.
21Mas, quando os seus parentes souberam do que estava acontecendo, saíram para pegá-lo, pois diziam: “Ele perdeu o juízo.”
22Também os escribas que desceram de Jerusalém diziam: “Ele está com Belzebu e expulsa os demônios por meio do governante dos demônios.”
23Portanto, depois de chamá-los, falou-lhes com ilustrações: “Como Satanás pode expulsar a Satanás?
24Se um reino fica dividido contra si mesmo, esse reino não pode ficar de pé,
25e, se uma casa fica dividida contra si mesma, essa casa não poderá ficar de pé.
26Também, se Satanás se levantou contra si mesmo e ficou dividido, não pode ficar de pé, mas está chegando ao fim.
27De fato, ninguém que entre na casa de um homem forte é capaz de roubar os seus bens, a menos que primeiro amarre o homem forte. Só então poderá saquear a casa dele.
28Eu lhes digo a verdade: Todas as coisas serão perdoadas aos filhos dos homens, não importa que pecados cometam e que blasfêmias digam.
29No entanto, quem blasfema contra o espírito santo nunca terá perdão, mas é culpado de pecado eterno.”
30Jesus disse isso porque diziam: “Ele está com um espírito impuro.”
31Chegaram então sua mãe e seus irmãos e, ficando do lado de fora, mandaram alguém chamá-lo.
32Como havia uma multidão sentada em volta dele, disseram-lhe: “Veja! Sua mãe e seus irmãos estão lá fora procurando o senhor.”
33Mas ele lhes respondeu: “Quem são minha mãe e meus irmãos?”
34Então ele olhou para os que estavam sentados ao redor dele e disse: “Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos!
35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”