Juízes 6

16 Mas os israelitas fizeram novamente o que era mau aos olhos de Jeová. Portanto, Jeová os entregou nas mãos de Midiã, por sete anos.
2Midiã dominava sobre Israel. Por causa de Midiã, os israelitas fizeram para si esconderijos nos montes, nas cavernas e nos lugares de difícil acesso.
3Quando Israel semeava, Midiã, Amaleque e os orientais os atacavam.
4Acampavam contra eles e destruíam os produtos da terra até Gaza; não deixavam nada para Israel comer, e não deixavam ovelhas, nem touros, nem jumentos.
5Pois eles vinham com seus rebanhos e suas tendas, tão numerosos como gafanhotos, e eles e seus camelos não podiam ser contados; entravam na terra para destruí-la.
6Por isso, Israel empobreceu muito por causa de Midiã; e os israelitas clamaram a Jeová por ajuda.
7Quando os israelitas clamaram a Jeová por ajuda, por causa de Midiã,
8Jeová enviou aos israelitas um profeta, que lhes disse: “Assim diz Jeová, o Deus de Israel: ‘Eu os tirei do Egito e assim os tirei da terra da escravidão.
9Eu os livrei das mãos do Egito e de todos os seus opressores, e os expulsei de diante de vocês e lhes dei a terra deles.
10E eu lhes disse: “Eu sou Jeová, seu Deus. Não devem temer os deuses dos amorreus em cuja terra vocês moram.” Mas vocês não me obedeceram.’”
11Mais tarde, o anjo de Jeová veio e se sentou debaixo da árvore grande que havia em Ofra, que pertencia a Joás, o abiezrita. Seu filho Gideão estava malhando trigo no lagar de vinho, para escondê-lo de Midiã.
12O anjo de Jeová apareceu a ele e disse: “Jeová está com você, guerreiro valente.”
13Gideão respondeu: “Perdão, meu senhor, mas, se Jeová está conosco, por que nos aconteceu tudo isso? Onde estão todos os seus atos maravilhosos que nossos pais nos contaram, dizendo: ‘Não foi Jeová quem nos tirou do Egito’? Agora Jeová nos abandonou e nos entregou nas mãos de Midiã.”
14Jeová olhou para ele e disse: “Vá com a força que você tem, e salvará Israel das mãos de Midiã. Não sou eu que estou enviando você?”
15Gideão respondeu: “Perdão, Jeová. Como posso salvar Israel? Meu clã é o menos importante de Manassés, e eu sou o mais insignificante na casa do meu pai.”
16Mas Jeová lhe disse: “Eu estarei com você; por isso você golpeará os midianitas como se fossem apenas um homem.”
17Então Gideão lhe disse: “Se eu achei favor aos teus olhos, dá-me um sinal de que és tu quem falas comigo.
18Por favor, não te afastes daqui até que eu volte com a minha dádiva e a coloque diante de ti.” Ele respondeu: “Ficarei aqui até você voltar.”
19E Gideão entrou em casa, preparou um cabrito e fez pães sem fermento com uma efa de farinha. Ele pôs a carne no cesto e o caldo na panela; então os levou para fora e os serviu debaixo da árvore grande.
20O anjo do verdadeiro Deus disse-lhe então: “Pegue a carne e os pães sem fermento, coloque-os lá sobre a grande pedra e derrame o caldo.” E Gideão fez isso.
21Então o anjo de Jeová estendeu o bastão que tinha na mão e com a sua ponta tocou a carne e os pães sem fermento; e subiu fogo da pedra, consumindo a carne e os pães sem fermento. Em seguida o anjo de Jeová desapareceu da sua vista.
22Gideão percebeu então que era o anjo de Jeová. Gideão disse imediatamente: “Ai de mim, Soberano Senhor Jeová, pois vi o anjo de Jeová face a face!”
23Mas Jeová lhe disse: “Que a paz esteja com você. Não tenha medo; você não morrerá.”
24Portanto, Gideão construiu ali um altar a Jeová, que até hoje é chamado de Jeová-Salom e ainda está em Ofra dos abiezritas.
25Naquela noite, Jeová lhe disse: “Pegue o novilho que pertence ao seu pai, o segundo novilho de sete anos. Derrube o altar de Baal que pertence ao seu pai e corte o poste sagrado que está junto dele.
26Depois de construir um altar a Jeová, seu Deus, no topo desta fortaleza, com pedras enfileiradas, pegue o segundo novilho e ofereça-o como oferta queimada sobre os pedaços de madeira do poste sagrado que você cortou.”
27Então Gideão chamou dez homens dentre os seus servos e fez assim como Jeová lhe tinha dito. Mas, visto que tinha medo dos da casa do seu pai e dos homens da cidade, ele fez isso de noite, não durante o dia.
28Quando os homens da cidade se levantaram cedo na manhã seguinte, viram que o altar de Baal tinha sido demolido, que o poste sagrado ao lado dele tinha sido cortado e que o segundo novilho tinha sido oferecido no altar que havia sido construído.
29Eles perguntaram uns aos outros: “Quem fez isso?” Depois de investigarem, disseram: “Foi Gideão, filho de Joás, quem fez isso.”
30Portanto, os homens da cidade disseram a Joás: “Traga seu filho para fora, para que seja morto, porque demoliu o altar de Baal e cortou o poste sagrado que estava ao lado dele.”
31Então Joás disse a todos os que o confrontavam: “Vocês precisam defender Baal? Vocês precisam salvá-lo? Quem o defender deverá ser morto esta manhã. Se ele é um deus, que defenda a si mesmo, visto que alguém demoliu o seu altar.”
32E naquele dia ele chamou Gideão de Jerubaal, dizendo: “Que Baal defenda a si mesmo, pois alguém demoliu o seu altar.”
33Todos os midianitas, os amalequitas e os orientais juntaram forças; eles atravessaram o rio e acamparam no vale de Jezreel.
34Então o espírito de Jeová veio sobre Gideão e ele tocou a buzina, e os abiezritas o seguiram.
35Ele enviou mensageiros a todo o Manassés, que também se reuniu para segui-lo. Enviou ainda mensageiros a Aser, Zebulão e Naftali, e estes saíram ao seu encontro.
36Gideão disse então ao verdadeiro Deus: “Se fores salvar Israel por meio de mim, assim como prometeste,
37vou colocar uma porção de lã na eira. Se houver orvalho somente na lã, mas todo o chão em volta ficar seco, então saberei que salvarás Israel por meio de mim, assim como prometeste.”
38E foi isso o que aconteceu. Quando ele se levantou cedo no dia seguinte e torceu a lã, saiu da lã orvalho suficiente para encher de água uma grande taça de banquete.
39No entanto, Gideão disse ao verdadeiro Deus: “Não se acenda a tua ira contra mim, mas deixa-me fazer só mais um pedido. Por favor, deixa-me fazer apenas mais uma prova com a lã. Por favor, que apenas a lã fique seca e haja orvalho em todo o chão.”
40De modo que foi isso o que Deus fez naquela noite; só a lã ficou seca, mas havia orvalho em todo o chão.