Esdras 4

14 Quando os inimigos de Judá e de Benjamim souberam que os que tinham voltado do exílio estavam construindo um templo para Jeová, o Deus de Israel,
2dirigiram-se imediatamente a Zorobabel e aos cabeças das casas paternas, e lhes disseram: “Deixem-nos construir com vocês; pois, assim como vocês, adoramos o seu Deus e a ele temos oferecido sacrifícios desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos trouxe para cá.”
3No entanto, Zorobabel e Jesua, e os outros cabeças das casas paternas de Israel, lhes disseram: “Vocês não participarão conosco em construir uma casa para o nosso Deus, pois nós construiremos sozinhos uma casa para Jeová, o Deus de Israel, assim como nos ordenou Ciro, rei da Pérsia.”
4Em vista disso, os povos das terras ao redor desanimavam constantemente o povo de Judá e tentavam fazê-los desistir da construção.
5Eles contratavam conselheiros para frustrar seus planos durante todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até o reinado de Dario, rei da Pérsia.
6No início do reinado de Assuero, escreveram uma acusação contra os habitantes de Judá e de Jerusalém.
7E, nos dias de Artaxerxes, rei da Pérsia, foi escrita uma carta por Bislão, Mitredate, Tabeel e o restante dos seus colegas, dirigida ao rei Artaxerxes. Eles traduziram a carta para o aramaico, usando caracteres aramaicos.
8Reum, o principal oficial do governo, e Sinsai, o escrivão, escreveram uma carta contra Jerusalém ao rei Artaxerxes, conforme segue:
9(A carta era de Reum, o principal oficial do governo, de Sinsai, o escrivão, e do restante dos colegas deles — os juízes e os subgovernadores, os secretários, o povo de Ereque, os babilônios, os habitantes de Susa, isto é, os elamitas,
10e as outras nações que o grande e ilustre Asnapar levou para o exílio e estabeleceu nas cidades de Samaria e em outras partes da região ao oeste do rio Eufrates. E agora
11segue o texto da carta que eles lhe enviaram.) “Ao rei Artaxerxes, dos seus servos, os homens da região ao oeste do rio Eufrates:
12Seja do conhecimento do rei que os judeus que vieram daí para o nosso território chegaram a Jerusalém. Estão reconstruindo a cidade rebelde e má, terminando os muros e consertando os alicerces.
13Seja do conhecimento do rei que, se essa cidade for reconstruída e seus muros terminados, eles não pagarão imposto, nem tributo, nem pedágio, e isso trará prejuízo ao tesouro dos reis.
14Visto que comemos o sal do palácio, e que não seria correto ficarmos parados enquanto vemos os interesses do rei serem prejudicados, enviamos ao rei essas informações,
15para que se faça uma investigação no livro dos registros dos seus antepassados. O senhor descobrirá no livro dos registros que essa cidade é uma cidade rebelde, que causa prejuízo aos reis e às províncias, e que, desde os tempos antigos, sempre houve nela instigadores de rebelião. É por isso que essa cidade foi destruída.
16Queremos informar ao rei que, se essa cidade for reconstruída e seus muros terminados, o senhor não terá mais nenhum controle da região ao oeste do rio Eufrates.”
17O rei enviou a seguinte resposta a Reum, o principal oficial do governo, e a Sinsai, o escrivão, e ao restante dos colegas deles que moravam em Samaria e nas outras partes da região ao oeste do rio Eufrates: “Saudações!
18O documento oficial que vocês nos enviaram foi lido de modo claro na minha presença.
19Ordenei que se fizesse uma investigação e descobriu-se que essa cidade já há muito tempo tem se levantado contra os reis, e nela tem havido rebeliões e revoltas.
20Havia reis poderosos sobre Jerusalém que governavam toda a região ao oeste do rio Eufrates, aos quais se pagavam imposto, tributo e pedágio.
21Portanto, deem ordem para que esses homens parem a obra, a fim de que não se reconstrua essa cidade até que eu ordene.
22Não permitam que haja negligência em cuidar desse assunto, para que os interesses do rei não sejam ainda mais prejudicados.”
23Então, depois de se ter lido a cópia do documento oficial do rei Artaxerxes na presença de Reum e de Sinsai, o escrivão, e de seus colegas, eles foram imediatamente aos judeus em Jerusalém e usaram a força para interromper a obra.
24Foi então que as obras da casa de Deus em Jerusalém pararam, e continuaram paradas até o segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia.