2 Reis 9

19 Eliseu, o profeta, chamou então um dos filhos dos profetas e disse-lhe: “Prenda sua veste na cintura, pegue este frasco de óleo e vá depressa a Ramote-Gileade.
2Quando chegar lá, procure Jeú, filho de Jeosafá, filho de Ninsi; entre, faça-o levantar-se do meio dos seus irmãos e leve-o à sala mais reservada.
3Então pegue o frasco de óleo, despeje-o sobre a cabeça dele e diga: ‘Assim diz Jeová: “Estou ungindo você como rei sobre Israel.”’ Depois abra a porta e fuja sem demora.”
4Assim, o ajudante do profeta foi a Ramote-Gileade.
5Quando chegou, os chefes do exército estavam sentados ali. Ele disse: “Chefe, tenho uma mensagem para o senhor.” Jeú perguntou: “Para qual de nós?” Ele respondeu: “Para o senhor, chefe.”
6Portanto Jeú se levantou e entrou na casa; o ajudante despejou o óleo sobre a cabeça dele e lhe disse: “Assim diz Jeová, o Deus de Israel: ‘Estou ungindo você como rei sobre o povo de Jeová, sobre Israel.
7Mate os da casa de Acabe, seu senhor, e eu vingarei o sangue dos meus servos, os profetas, e de todos os servos de Jeová que morreram às mãos de Jezabel.
8Todos os da casa de Acabe morrerão; e eliminarei em Israel todos os do sexo masculino da casa de Acabe, incluindo o desamparado e o fraco.
9Vou fazer com a casa de Acabe o mesmo que fiz com a casa de Jeroboão, filho de Nebate, e com a casa de Baasa, filho de Aías.
10Quanto a Jezabel, os cães a devorarão no terreno em Jezreel, e ninguém a enterrará.’” Então ele abriu a porta e fugiu.
11Quando Jeú voltou para junto dos servos do seu senhor, eles lhe perguntaram: “Está tudo bem? Por que aquele louco veio falar com você?” Ele lhes respondeu: “Vocês conhecem esses homens e o seu tipo de conversa.”
12Mas eles disseram: “Você não está falando a verdade! Conte-nos, por favor.” Então ele respondeu: “Foi assim e assim que ele me falou, e também disse: ‘Assim diz Jeová: “Estou ungindo você como rei sobre Israel.”’”
13Em vista disso, cada um pegou rapidamente seu manto e o estendeu nos degraus diante dele. Eles tocaram a buzina e disseram: “Jeú tornou-se rei!”
14Então Jeú, filho de Jeosafá, filho de Ninsi, conspirou contra Jeorão. Jeorão tinha estado em Ramote-Gileade com todo o Israel para defendê-la de Hazael, rei da Síria.
15Mais tarde, o rei Jeorão voltou a Jezreel para se recuperar dos ferimentos que os sírios lhe tinham causado quando lutou contra Hazael, rei da Síria. Jeú disse então: “Se vocês concordarem, não deixem ninguém escapar da cidade para ir contar isso em Jezreel.”
16Então Jeú subiu no seu carro de guerra e foi a Jezreel, visto que Jeorão estava lá de cama por causa de seus ferimentos. E Acazias, rei de Judá, tinha ido visitar Jeorão.
17Quando o vigia que estava na torre em Jezreel viu Jeú com seu grande número de homens se aproximando, disse imediatamente: “Estou vendo um grande número de homens.” Jeorão disse: “Chame um cavaleiro e envie-o ao encontro deles para perguntar: ‘Vocês vêm em paz?’”
18Portanto, um cavaleiro foi ao encontro dele e disse: “Assim diz o rei: ‘Vocês vêm em paz?’” Mas Jeú respondeu: “O que você tem a ver com a paz? Vá para trás de mim!” E o vigia informou: “O mensageiro chegou até eles, mas não voltou.”
19Então o rei enviou um segundo cavaleiro, que, ao chegar a eles, disse: “Assim diz o rei: ‘Vocês vêm em paz?’” Mas Jeú respondeu: “O que você tem a ver com a paz? Vá para trás de mim!”
20E o vigia informou: “O mensageiro chegou a eles, mas não voltou. Pelo modo de guiar o carro de guerra, deve ser Jeú, neto de Ninsi, pois ele guia como um louco.”
21Jeorão disse: “Prepare o meu carro de guerra!” Assim, prepararam o carro de guerra dele, e Jeorão, rei de Israel, e Acazias, rei de Judá, saíram, cada um no seu carro de guerra para encontrar Jeú. Eles o encontraram no terreno de Nabote, o jezreelita.
22Assim que Jeorão viu Jeú, ele perguntou: “Você vem em paz, Jeú?” Mas ele respondeu: “Como pode haver paz enquanto continuam a prostituição e as muitas feitiçarias de Jezabel, sua mãe?”
23Imediatamente Jeorão deu meia-volta com o seu carro de guerra para fugir e disse a Acazias: “É uma traição, Acazias!”
24Jeú pegou o arco e atirou uma flecha, atingindo Jeorão no meio das costas, de modo que a flecha lhe atravessou o coração, e ele caiu no seu carro de guerra.
25Jeú disse então a Bidcar, seu oficial: “Pegue-o e jogue-o no campo de Nabote, o jezreelita. Lembre-se: eu e você guiávamos carros de guerra atrás de Acabe, o pai dele, quando o próprio Jeová proferiu contra ele a seguinte proclamação:
26‘“Tão certo como eu vi ontem o sangue de Nabote e o sangue dos filhos dele”, diz Jeová, “eu lhe retribuirei neste mesmo terreno o que você fez”, diz Jeová.’ Portanto, pegue-o e jogue-o no terreno, segundo a palavra de Jeová.”
27Quando Acazias, rei de Judá, viu o que estava acontecendo, fugiu pelo caminho da casa do jardim. (Mais tarde, Jeú o perseguiu e disse: “Matem-no também!” Assim, feriram-no enquanto estava no carro de guerra, subindo a Gur, que fica junto a Ibleão. Mas ele continuou fugindo para Megido e morreu lá.
28Seus servos levaram-no então num carro de guerra a Jerusalém e enterraram-no com os seus antepassados na sua sepultura, na Cidade de Davi.
29Foi no décimo primeiro ano de Jeorão, filho de Acabe, que Acazias tinha se tornado rei sobre Judá.)
30Quando Jeú chegou a Jezreel, Jezabel ficou sabendo disso. Então ela pintou os olhos de preto, enfeitou a cabeça e olhou pela janela.
31Assim que Jeú entrou pelo portão, ela disse: “Será que Zinri, que matou o seu próprio senhor, se saiu bem?”
32Ele levantou os olhos para a janela e disse: “Quem está do meu lado? Quem?” Imediatamente dois ou três oficiais da corte olharam para ele, lá embaixo.
33Ele disse: “Joguem-na para baixo!” Então eles a jogaram; o sangue dela espirrou na parede e nos cavalos, e ele a atropelou.
34Então ele entrou, comeu e bebeu. Depois disse: “Peguem esta maldita e enterrem-na. Afinal, ela é filha de rei.”
35Mas, quando foram enterrá-la, não acharam nada, a não ser o crânio, os pés e as mãos.
36Então voltaram e lhe contaram isso. Ele disse: “Isso cumpre a palavra de Jeová, que ele falou por meio do seu servo Elias, o tisbita: ‘No terreno de Jezreel os cães comerão a carne de Jezabel.
37E, no terreno de Jezreel, o cadáver de Jezabel se tornará como estrume sobre os campos, para que não se diga: “Esta é Jezabel.”’”