Salmos 141

Salmo. De Davi. Javé, eu te chamo, socorre-me depressa! Ouve a minha voz quando eu clamo para ti!
Suba a minha prece como incenso à tua presença, minhas mãos erguidas como oferta vespertina!
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A comparação da oração com incenso e o sacrifício da tarde reflete práticas do templo (Êxodo 30:7-8). O incenso simboliza intercessão, e o sacrifício da tarde era um ritual diário (2 Reis 16:15).
Javé, coloca em minha boca uma guarda, uma sentinela à porta dos meus lábios.
Impede meu coração de se inclinar para o mal, de cometer crimes junto com os malfeitores. Não vou participar de seus banquetes!
Que o justo me bata, que o bom me corrija. Que o óleo do injusto não me perfume a cabeça, pois eu iria me comprometer com suas maldades.
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Aceitar repreensão como 'óleo excelente' é paradoxal. Alguns interpretam como humildade diante da correção (Provérbios 27:6), outros como unção simbólica de cura ou honra (Salmo 23:5).
Seus chefes caíram, despencando-se, embora ouvissem as minhas palavras amáveis.
Como pedra de moinho, rebentada por terra, nossos ossos estão espalhados junto à boca do túmulo.
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A imagem de ossos espalhados na boca de Sheol (sepultura) remete a derrotas militares ou mortes coletivas. Arqueologia comprovou práticas de enterro em valas comuns após batalhas no Antigo Oriente.
Para ti, Javé, eu elevo os meus olhos, eu me refugio em ti, não me deixes indefeso.
Guarda-me das armadilhas que prepararam para mim, e das ciladas dos malfeitores.
Caiam os injustos em suas próprias redes, enquanto eu escapo, em liberdade!
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A ideia de os ímpios caírem em suas próprias armadilhas é recorrente nos Salmos (Salmo 7:15-16) e ecoa leis de retribuição divina (Êster 7:10).