Salmos 129

Cântico das subidas. Quanto me oprimiram desde a juventude, — Israel que o diga —
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O salmo inicia com Israel personificado, falando coletivamente sobre opressões históricas desde seu início como nação (Êxodo 1:11-14). A 'mocidade' pode aludir ao período no Egito ou formação do povo.
quanto me oprimiram desde a juventude! Mas nunca puderam comigo!
Os lavradores lavraram minhas costas e alongaram os seus sulcos.
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Metáfora da lavoura nas costas simboliza sofrimento prolongado, possivelmente sob domínio estrangeiro (Babilônia, Assíria ou Roma). A imagem remete a trabalhos forçados ou humilhação (Isaías 51:23).
Mas Javé é justo: ele cortou os chicotes dos injustos.
Voltem para trás, envergonhados, os que odeiam Sião.
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Imprecação contra inimigos de Sião reflete conflitos históricos com nações vizinhas (Edom, Filisteus). Versos como este geram debate ético sobre orações de maldição na Bíblia.
Sejam como a erva do telhado, que seca, e ninguém a corta,
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Erva dos telhados crescia em camadas finas de terra sobre casas, secando rapidamente - imagem de algo frágil e efêmero (Salmo 37:2).
que não enche a mão do ceifador, nem a braçada daquele que enfeixa.
E que os passantes não digam: “Javé abençoe vocês!” Nós abençoamos vocês em nome de Javé.
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Negar a bênção era incomum na cultura semítica, onde viajantes costumavam abençoar donos de casas (Rute 2:4). A recusa indica ruptura total com os opressores.