Cânticos 6

Onde anda o seu amado, ó mais bela das mulheres? Aonde foi o seu amado? Nós vamos buscá-lo com você!
O meu amado desceu ao seu jardim, aos terrenos das balsameiras. Foi pastorear nos jardins e colher açucenas.
Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu, o pastor das açucenas.
Você é bonita, minha amiga, você é como Tersa, formosa como Jerusalém. Você é terrível como esquadrão com bandeiras desfraldadas.
Afaste de mim seus olhos, que seus olhos me perturbam! Seu cabelo é um rebanho de cabras ondulando nas encostas de Galaad.
Seus dentes... um rebanho tosquiado subindo após o banho, cada ovelha com seus gêmeos, nenhuma delas sem cria.
Metades de romã são suas faces mergulhadas sob o véu.
Que sejam sessenta as rainhas, e oitenta as concubinas, e as donzelas... sem conta:
uma é a minha pomba sem defeito, uma a preferida pela mãe que a gerou. Vendo, as jovens a felicitam, e rainhas e concubinas a louvam:
“Quem é essa que desponta como aurora, bela como a lua, fulgurante como o sol, terrível como esquadrão com bandeiras desfraldadas?”
Desci ao jardim das nogueiras para ver os brotos dos vales, para ver se a videira florescia, se os botões das romãzeiras se abriam,
e, sem saber, me coloquei no carro, com o meu príncipe!