Jó 11

Então Sofar de Naamat tomou a palavra e disse:
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Zofar é o terceiro amigo do Jó em falar, e o menos cortês. Cheio de ira, atacou ferozmente ao Jó, dizendo que merecia mais castigo, não menos. Zofar tomou a mesma posição do Elifaz (capítulos 4, 5) e do Bildad (capítulo 8) de que Jó sofria devido ao pecado, mas seu discurso foi muito mais arrogante. Zofar era a classe de pessoa que tinha uma resposta para tudo: foi totalmente insensível à situação única do Jó. (Para mais informação a respeito do Zofar, veja o quadro em capítulo 8.)
A tantas palavras não se dará resposta? Ou o homem falador deve ter razão?
Teu palavreado fará a gente se calar? Zombas e ninguém te desmascara?
Tu dizes: “Pura é minha conduta, sou inocente aos olhos dele”.
Mas se Deus quisesse falar e abrir os lábios contra ti,
para manifestar-te os segredos da sabedoria, que são tão difíceis de entender, então saberias que Deus te perdoa parte de tua culpa.
Pretendes sondar o íntimo de Deus ou penetrar a perfeição do Onipotente?
É mais alta que o céu: que podes fazer? É mais profunda que os abismos: que sabes dela?
Mais longa que a terra é sua dimensão, mais vasta que o mar.
Se ele intervém e aprisiona e chama a juízo, quem pode impedi-lo?
Pois ele conhece os homens falsos, vê a iniquidade e a observa.
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Ao tratar o de "mentiroso" Zofar estava acusando ao Jó de estar ocultando faltas e pecados. Embora sua conjetura estava equivocada, explicou com muita precisão que Deus o vê e sabe tudo. Freqüentemente nos vemos tentados a pensar, "ninguém se inteirará!" Possivelmente possamos ocultar ante outros alguns pecados, mas não podemos fazer nada sem que Deus saiba. Devido a nossos mesmos pensamentos são conhecidos Por Deus, é obvio que se dará conta de nossos pecados. Jó entendia isto ao igual a Zofar, mas não se aplicava ao dilema desse momento.
O insensato criará juízo, embora o homem nasça como um asno selvagem.
Se dirigires o coração para Deus e estenderes a ele tuas mãos,
se afastares a iniquidade de tua mão e não deixares habitar a injustiça em tuas tendas,
então poderás erguer a fronte sem mancha, estarás firme e não terás temor,
porque esquecerás tua aflição e a recordarás como águas passadas.
Tua vida ressurgirá mais clara que o meio-dia, as trevas serão para ti como a aurora.
Estarás seguro porque há esperança, e, olhando a teu redor, repousarás tranquilo.
Tu te deitarás e ninguém te perturbará, ao contrário, muitos procurarão teu favor.
Mas os olhos dos maus se consomem, não há refúgio para eles, sua única esperança é o último respiro!