1 Samuel 12

Samuel disse a todo o Israel: “Eu vos atendi em tudo o que me dissestes e estabeleci um rei sobre vós.
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Samuel seguiu servindo ao povo como seu sacerdote, profeta e juiz, mas Saul exercia mais e mais controle político e militar sobre as tribos (veja-se 7.15).
Agora será o rei que irá a vossa frente. Já sou idoso, de cabelos brancos, e meus filhos estão em vosso meio. Eu vos conduzi desde minha juventude até hoje.
Aqui estou. Testemunhai contra mim na presença de Javé e de seu Ungido. De quem tomei o boi?* De quem tomei o jumento? A quem defraudei? A quem oprimi? De quem recebi presentes para fechar os olhos e ajudá-lo? Eu vos restituirei tudo”.
Responderam eles: “Tu não nos prejudicaste, nem nos oprimiste, nem tomaste nada de ninguém”.
Disse-lhes ele: “Javé é testemunha contra vós e é testemunha seu Ungido, neste dia, de que não encontrastes nada em minha mão”. E o povo respondeu: “É testemunha”.
Samuel disse ao povo: “Javé é testemunha, ele que designou Moisés e Aarão e tirou vossos pais do Egito.
Agora, pois, permanecei aqui, para que eu, diante de Javé, discuta convosco a respeito de todos os benefícios que Javé concedeu a vós e a vossos pais.
Depois que Jacó entrou no Egito, vossos pais clamaram a Javé, e ele enviou Moisés e Aarão, que tiraram vossos pais do Egito e os fizeram morar neste lugar.
Mas eles se esqueceram de Javé, seu Deus, e ele os entregou nas mãos de Sísara, chefe do exército de Hasor, e nas mãos dos filisteus e do rei de Moab, que lhes fizeram guerra.
Então clamaram a Javé, dizendo: ‘Pecamos, porque abandonamos Javé para servir aos ídolos de Baal e às astartes. Mas agora, livrai-nos das mãos de nossos inimigos, e nós vos serviremos’.
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Os baales e Astarot eram deuses pagãos. Para mais informação veja-a nota a 7.4
Javé enviou Jerobaal, Barac, Jefté e Samuel e vos livrou das mãos de vossos inimigos ao redor, e vivestes em segurança.
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Jerobaal era o nome que pôs ao Gedeón quando destruiu o altar do Baal (veja-se Jdg 6:32).
Vendo que Naás, rei dos amonitas, marchava contra vós, dissestes-me: ‘Não! Um rei deve reinar sobre nós’. No entanto, Javé, vosso Deus, é o vosso rei.
Aí tendes, pois, o rei que escolhestes e pedistes; Javé estabeleceu um rei sobre vós.
Se temerdes Javé e o servirdes e obedecerdes a sua voz, se não fordes rebeldes às ordens de Javé, então vós e o rei que reina sobre vós continuareis a seguir Javé, vosso Deus.
Se, porém, não obedecerdes à voz de Javé e se vos rebelardes a suas palavras, a mão de Javé será contra vós como foi contra vossos pais.
Aguardai ainda agora e contemplai o prodígio que Javé vai realizar diante de vossos olhos.
Não estamos na época da ceifa do trigo? Pois eu invocarei Javé e ele fará trovejar e chover; assim compreendereis e vereis que o mal que fizestes, pedindo para vós um rei, é grande aos olhos de Javé”.
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A colheita do trigo chegava perto do final da estação seca, durante os meses de maio e junho. devido a que a chuva caía muito raramente durante este período, uma grande tormenta era considerada como um sucesso milagroso. Mas a chuva durante a colheita do trigo podia danificar as colheitas e fazer que se apodrecesse rapidamente. Este sucesso incomum demonstrou o descontentamento de Deus com a petição que fez o Israel de um rei.
Samuel invocou Javé, o qual enviou naquele dia trovões e chuva; e todo o povo teve grande temor de Javé e de Samuel.
Por isso todo o povo disse a Samuel: “Roga a Javé, teu Deus, por teus servos, para não morrermos; porque acrescentamos a todos os nossos pecados o mal de pedir para nós um rei”.
Samuel respondeu ao povo: “Não temais. Vós fizestes, sim, todo este mal; todavia, não deixeis de seguir Javé, mas servi-o de todo o vosso coração.
Não vos afasteis dele para seguirdes coisas vãs†, que para nada servem nem podem salvar, porque nada são.
Javé não abandonará seu povo, por respeito a seu grande nome, porque Javé quis fazer de vós seu povo.
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por que Deus fez do Israel "seu povo"? Deus não os escolheu porque o merecessem (Deu 7:7-8), mas sim para que pudessem ser o meio pelo qual Deus benzera a todas as pessoas através do Messías (Gen 12:1-3), Deus nunca abandonaria a seu povo, mas devido a que era sua nação especial, freqüentemente os castigaria por sua desobediência a fim de trazê-los novamente a uma correta relação com O.
De minha parte, longe de mim pecar contra Javé, deixando de orar por vós; antes, eu vos ensinarei o caminho bom e direito.
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É pecado o deixar de orar por outros? As palavras do Samuel parecem indicar que sim. As ações do Samuel ilustram duas responsabilidades das que devia preocupar o povo de Deus: (1) orar de maneira constante por outros (Eph 6:18) e (2) ensinar a outros o caminho correto para Deus (2Ti 2:2). Samuel não estava de acordo com a demanda dos israelitas de um rei, mas lhes assegurou que continuaria orando por eles e lhes ensinando. Podemos estar em desacordo com alguém, mas não devemos deixar de orar por essa pessoa.
Somente temei Javé e servi-o com sinceridade de todo o vosso coração; vede quão grandes coisas fez por vós!
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Esta é a segunda vez no discurso de despedida que Samuel recordava ao povo que dedicasse um tempo para considerar quão grandes costure tinha feito Deus por eles (veja-se 12.7). Dedicar tempo para a reflexão nos permite centrar nossa atenção na bondade de Deus e fortalece nossa fé. Em ocasiões estamos tão orientados para o progresso e o futuro que não nos damos o tempo para refletir sobre tudo o que Deus já fez. Faça um hábito o recordar o que Deus tem feito por você para que possa seguir adiante com agradecimento.
Mas se continuardes a fazer o mal, perecereis vós e vosso rei”.