Romanos 9

Os judeus do Antigo Testamento viam a eleição do Israel Por Deus como uma adoção. Não mereciam nem tinham direitos como filhos naturais. Mesmo assim, Deus os adotou e lhes outorgou a condição de filhos deles.

5e os patriarcas; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém.

gn 49:10

gn 12:3

6Não quer dizer, porém, que a Palavra de Deus tenha falhado. Porque nem todos os que descendem de Israel são verdadeiros israelitas,*

As promessas do maravilhoso pacto de Deus foram para o Abraão. Os do pacto, os verdadeiros filhos do Abraão, não são sozinho seus descendentes biológicos, mas também os que confiam em Deus e no que Cristo fez por eles. (Vejam-se também 2.29, Gal 3:7.)

7como nem todos os descendentes de Abraão são filhos de Abraão; mas: É em Isaac que terás uma descendência que trará o teu nome ( Gn 21,12 ).

8Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é que serão considerados como descendentes.

9Realmente, a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho ( Gn 18,10 ).

10E não somente ela, senão também Rebeca, que concebeu (dois filhos) de um só homem, Isaac, nosso patriarca.

11Antes mesmo que fossem nascidos, e antes que tivessem feito bem ou mal algum (para que fosse confirmada a liberdade da escolha de Deus,

Os judeus sentiam orgulho de que sua linhagem viesse do Isaque -cuja mãe foi Sara, a esposa legítima do Abraão- e não do Ismael, cuja mãe foi Agar, a faxineira da Sara. Paulo afirma que nenhum pode dizer que Deus o escolheu pelos méritos de seus antepassados nem por suas boas obras. A doutrina da eleição ensina que é a soberana opção de Deus nos salvar por sua bondade e misericórdia, e não por nosso mérito.

12que depende não das obras, mas daquele que chama), foi dito a Rebeca: O mais velho servirá o mais moço ( Gn 25,23 ).

gn 25:22,23

2sm 8:14

1rs 22:47

13Como está escrito: Amei Jacó, porém aborreci Esaú ( Ml 1,3 ).

14Que diremos, pois? Haverá injustiça em Deus? De modo algum!

15Porque ele disse a Moisés: Farei misericórdia a quem eu fizer misericórdia; terei compaixão de quem eu tiver compaixão ( Ex 33,19 ).

16Dessa forma, a escolha não depende daquele que quer, nem daquele que corre, mas da misericórdia de Deus.

17Por isso, diz a Escritura ao faraó: Eis o motivo por que te suscitei, para mostrar em ti o meu poder e para que se anuncie o meu nome por toda a terra ( Ex 9,16 ).

18Portanto, ele tem misericórdia de quem quer, e endurece a quem quer.*

19Tu me dirás talvez: “Por que ele ainda se queixa? Quem pode resistir à sua vontade?”.

20Mas quem és tu, ó homem, para contestar a Deus? Porventura o vaso de barro diz ao oleiro: “Por que me fizeste assim?”.

21Ou não tem o oleiro poder sobre o barro para fazer da mesma massa um vaso de uso nobre e outro de uso vulgar?

Com esta ilustração, Paulo não diz que alguns somos mais valiosos que outros, a não ser simplesmente que o Criador controla todo o criado. O objeto criado, entretanto, não tem o direito de demandar coisa alguma de seu Criador; sua existência depende do. Ao ter em conta esta perspectiva, elimina-se qualquer tentação de nos orgulhar por lucros pessoais.

22(Onde, então, está a injustiça) em ter Deus, para mostrar a sua ira e manifestar o seu poder, suportado com muita paciência os objetos de ira preparados para a perdição,*

23mostrando as riquezas da sua glória para com os objetos de misericórdia que, de antemão, preparou para a glória?

24(Esses somos nós, que ele chamou não só dentre os judeus, mas também dentre os pagãos.) É o que ele diz em Oseias:

25Chamarei meu povo ao que não era meu povo, e amada a que não era amada.

26E no lugar mesmo em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, ali serão chamados filhos de Deus vivo ( Os 2,1 ).

27A respeito de Israel, exclama Isaías: Ainda que o número de filhos de Israel fosse como a areia do mar, só um resto será salvo;

28porque o Senhor realizará plenamente e prontamente a sua palavra sobre a terra (10,22s).

29E ainda como predisse Isaías: Se o Senhor dos exércitos não nos tivesse deixado um rebento, ficaríamos como Sodoma, seríamos como Gomorra ( Is 1,9 ).

30Então, que diremos? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justificação, a que vem da fé,

31ao passo que Israel, que procurava uma Lei que desse a justificação, não a encontrou.

32Por quê? Porque Israel a buscava como fruto não da fé, e sim das obras. E tropeçou na pedra do escândalo,

Os judeus tinham uma meta louvável: honrar a Deus. Entretanto, optaram equivocadamente por uma rígida e dolorosa obediência à Lei. Alguns se dedicaram mais à Lei que a Deus. Pensavam que se cumpriam com a Lei, Deus teriam que aceitá-los como seu povo. Mas a gente não pode obrigar a Deus. Os judeus não viram que suas Escrituras, o Antigo Testamento, ensinavam que a salvação é pela fé e não mediante esforços humanos (veja-se Gen 15:6).A "pedra de tropeço" era Jesus. Os judeus não acreditavam no porque não enchia suas expectativas quanto ao Messías. Algumas pessoas ainda consideram o Jesus um tropeço porque a salvação pela fé não tem sentido para elas. portanto, tratam de riscar um caminho a Deus ou esperam que Cristo passar por cima seus defeitos. Outros tropeçam com o Jesus porque os valores de Cristo são opostos aos do mundo. O espera humildade e muitos não estão dispostos a humilhar-se diante Do. Cristo demanda obediência e muitos rechaçam submeter-se a sua autoridade.

33como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de escândalo, um rochedo que faz cair; quem nele crer não será confundido ( Is 8,14 ; 28,16).