Salmos 26

26 Julga-me, ó Jeová, porque tenho andado na minha integridade; Em Jeová eu tenho confiado, sem vacilar.
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A afirmação de perfeita sinceridade é controversa. Alguns estudiosos questionam se isso reflete presunção (comparar com provérbios 20:9) ou uma defesa ritual antes de um julgamento divino, comum em salmos de inocência.
Examina-me, ó Jeová, e põe-me à prova; Refina meus pensamentos mais íntimos e meu coração.
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A menção a 'rins e coração' reflete a visão hebraica antiga de que essas vísceras eram sedes das emoções e da consciência (jeremias 17:10). O exame divino era entendido como um teste de integridade total.
Pois o teu amor leal está sempre diante de mim, E eu ando na tua verdade.
Não tenho convivência com homens mentirosos E evito os que escondem o que são.
Odeio a companhia dos malfeitores E me recuso a andar com pessoas más.
Lavarei as mãos na inocência E vou marchar ao redor do teu altar, ó Jeová,
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Lavar as mãos era um ritual de purificação simbólica (deuteronômio 21:6-7). O gesto aqui une inocência moral e prática cultual, possivelmente associado a cerimônias no templo.
Para fazer que seja ouvido o som de agradecimentos E para declarar todos os teus atos maravilhosos.
Jeová, eu amo a casa onde habitas, O lugar onde a tua glória reside.
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A 'habitação da tua casa' provavelmente se refere ao Tabernáculo ou ao Templo. Críticos apontam que essa ênfase no templo seria anacrônica se o salmo for atribuído a Davi (o Templo foi construído por Salomão), levantando dúvidas sobre autoria e datação.
Não me elimines com os pecadores Nem tires a minha vida com a de homens violentos,
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O pedido para não ser agrupado com pecadores ecoa a crença em retribuição coletiva. Contrasta com abordagens do Novo Testamento (como lucas 15:7), gerando debates sobre a evolução da teologia do julgamento.
Cujas mãos se ocupam com conduta vergonhosa E cuja mão direita está cheia de suborno.
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A condenação à suborno reflete leis antigas (êxodo 23:8), mas arqueologia mostra que a corrupção era endêmica no antigo Oriente Médio, como evidenciado em documentos de Nuzi (1500 a.C.) e cartas de Amarna (séc. XIV a.C.).
Quanto a mim, andarei na minha integridade. Livra-me e mostra-me favor.
Meu pé está num terreno plano; Na grande congregação, louvarei a Jeová.