Romanos 7
17 Será que vocês não sabem, irmãos (pois estou falando aos que têm conhecimento de leis), que a Lei domina sobre o homem enquanto ele vive?
2Por exemplo, a mulher casada está amarrada por lei ao seu marido enquanto ele viver; mas, se o marido morrer, ela ficará livre da lei do seu marido.
3Por isso, enquanto o seu marido viver, ela será chamada de adúltera caso se torne de outro homem. Mas, se o marido morrer, ela ficará livre da lei dele, de modo que não será adúltera caso se torne de outro homem.
4Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a Lei, por meio do corpo do Cristo, para pertencerem a outro, àquele que foi levantado dentre os mortos, a fim de produzirmos fruto para Deus.
5Pois, quando vivíamos de acordo com a carne, os desejos pecaminosos despertados pela Lei agiam em nosso corpo para produzir frutos que levam à morte.
6Mas agora fomos libertados da Lei, porque morremos para aquilo que nos restringia, a fim de sermos escravos num novo sentido, por meio do espírito, e não no velho sentido, por meio do código escrito.
7O que diremos então? Será que a Lei é pecado? Certamente que não! Na verdade, eu não teria conhecido o pecado se não fosse a Lei. Por exemplo, eu não teria conhecido a cobiça se a Lei não dissesse: “Não cobice.”
8Mas o pecado, aproveitando-se da oportunidade dada pelo mandamento, produziu em mim todo tipo de cobiça, pois sem lei o pecado estava morto.
9De fato, antes, sem lei, eu estava vivo. No entanto, ao chegar o mandamento, o pecado voltou a viver, mas eu morri.
10E o mandamento que era para levar à vida, descobri que levava à morte.
11Pois o pecado, aproveitando-se da oportunidade dada pelo mandamento, me seduziu e, por meio deste, me matou.
12Assim, a Lei em si mesma é santa, e o mandamento é santo, justo e bom.
13Portanto, será que o que é bom causou a minha morte? Certamente que não! Mas o pecado fez isso, para que fosse exposto como pecado, produzindo em mim a morte por meio do que é bom, de modo que, por meio do mandamento, o pecado se tornasse muito mais pecaminoso.
16No entanto, se faço aquilo que não quero, concordo que a Lei é boa.
17Mas então não sou mais eu quem está agindo; é o pecado que mora em mim.
18Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não mora nada de bom; pois tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não tenho a capacidade de realizá-lo.
19Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero é o que pratico.
20Se, então, faço o que não quero, já não sou eu quem o faz; é o pecado que mora em mim.
21Percebo assim a seguinte lei no meu caso: quando quero fazer o que é certo, está presente em mim o que é mau.
22Eu realmente tenho prazer na lei de Deus segundo o homem que sou no íntimo,
23mas vejo em meu corpo outra lei guerreando contra a lei da minha mente e me levando cativo à lei do pecado que está no meu corpo.
24Homem miserável que eu sou! Quem me livrará do corpo que é submetido a essa morte?
25Dou graças a Deus, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor! Assim, com a minha mente, eu mesmo sou escravo da lei de Deus, mas, com a minha carne, escravo da lei do pecado.