Jó 13

3 “Sim, meus olhos viram tudo isso, Meus ouvidos ouviram e entenderam.
O que vocês sabem, eu também sei; Não sou inferior a vocês.
No entanto, eu prefiro falar com o próprio Todo-Poderoso; Desejo defender minha causa perante Deus.
Mas vocês me difamam com mentiras; Todos vocês são médicos que nada valem.
Quem dera que ficassem calados, Isso seria sabedoria da sua parte.
Por favor, escutem meus argumentos, E prestem atenção à defesa dos meus lábios.
Será que vocês falarão injustamente a favor de Deus, E falarão falsidades em benefício dele?
Vocês tomarão o lado dele, Tentarão defender a causa do verdadeiro Deus?
O que seria de vocês se ele os examinasse? Será que o enganariam, assim como fariam com um homem mortal?
Com certeza ele os repreenderá, Se tentarem secretamente mostrar favoritismo.
Será que a glória dele não os amedrontará, E o pavor dele não virá sobre vocês?
Suas declarações sábias são provérbios de cinzas; Suas defesas são tão frágeis como barro.
Calem-se, para que eu fale, Então aconteça comigo o que acontecer!
Por que me coloco em perigo E ponho minha vida em minhas mãos?
Embora ele possa me matar, eu ainda esperarei; Defenderei minha causa perante ele.
Então ele se tornará minha salvação, Pois nenhum ímpio pode comparecer perante ele.
Escutem atentamente a minha palavra; Prestem atenção à minha declaração.
Vejam, eu me preparei para defender minha causa; Sei que tenho razão.
Quem discutirá comigo? Eu morreria se ficasse calado!
Apenas conceda-me duas coisas, ó Deus, Para que eu não me esconda de ti:
Afasta a tua mão pesada de mim, E que o medo de ti não me apavore.
Chama, e eu responderei, Ou deixa-me falar, e responde-me.
Quais são os meus erros e pecados? Mostra-me a minha transgressão e o meu pecado.
Por que escondes a tua face E me consideras teu inimigo?
Tentarás assustar uma folha levada pelo vento Ou perseguirás uma palha seca?
Pois continuas a registrar acusações amargas contra mim, E me fazes responder pelos pecados da minha juventude.
Colocas meus pés no tronco, Inspecionas todos os meus caminhos, E examinas cada uma das minhas pegadas.
Então o homem se consome como algo podre, Como uma roupa comida por traças.