Juízes 20
120 Portanto, todos os israelitas saíram desde Dã até Berseba, e da terra de Gileade, e toda a assembleia se reuniu de comum acordo diante de Jeová em Mispá.
2Assim, os chefes do povo e todas as tribos de Israel tomaram sua posição na congregação do povo de Deus, 400.000 soldados, armados com espadas.
3Os benjaminitas souberam que os homens de Israel haviam subido a Mispá. Os homens de Israel disseram então: “Digam-nos, como aconteceu essa coisa terrível?”
4Nisto o levita, o marido da mulher assassinada, respondeu: “Eu cheguei a Gibeá de Benjamim com a minha concubina para passar a noite.
5E os habitantes de Gibeá se levantaram contra mim e cercaram a casa de noite. Eles queriam me matar, mas, em vez disso, violentaram a minha concubina, e ela morreu.
6Então peguei o corpo da minha concubina e o cortei em pedaços, e enviei um pedaço a cada território da herança de Israel, porque eles haviam cometido um ato vergonhoso e terrível em Israel.
7Agora todos vocês, povo de Israel, deem o seu parecer e a sua decisão.”
8Então, de comum acordo, todo o povo se levantou e disse: “Nenhum de nós irá para a sua tenda, nem voltará para casa.
9Agora, isto é o que faremos com Gibeá: vamos tirar sortes e subir contra ela.
10De todas as tribos de Israel, escolheremos 10 homens dentre 100, 100 dentre 1.000, e 1.000 dentre 10.000, a fim de recolherem provisões para o exército, para que tomem ação contra Gibeá de Benjamim, por causa do ato vergonhoso que cometeram em Israel.”
11Portanto, todos os homens de Israel se uniram para atacar a cidade como aliados.
12Então as tribos de Israel enviaram homens a todos os homens da tribo de Benjamim para dizer: “Que coisa terrível foi essa que aconteceu entre vocês?
13Agora, entreguem os homens imprestáveis de Gibeá, para que os matemos e eliminemos esse mal de Israel.” Mas os benjaminitas se recusaram a escutar seus irmãos israelitas.
14Então os benjaminitas saíram das cidades e se reuniram em Gibeá, a fim de lutar contra os homens de Israel.
15Naquele dia, os benjaminitas reuniram das suas cidades 26.000 homens armados com espadas, além dos 700 melhores soldados de Gibeá.
16Nesse exército, havia 700 dos melhores soldados, todos eles canhotos. Cada um deles conseguia, com uma funda, atirar uma pedra num fio de cabelo sem errar.
17Sem incluir os de Benjamim, os homens de Israel reuniram 400.000 homens armados com espadas, e todos eles eram guerreiros experientes.
18Eles partiram e subiram a Betel para consultar a Deus. O povo de Israel perguntou: “Quem de nós deve liderar a luta contra os benjaminitas?” Jeová respondeu: “Judá deve liderar.”
19Na manhã seguinte, os israelitas se levantaram e acamparam contra Gibeá.
20Os homens de Israel saíram então para lutar contra Benjamim; eles se puseram em formação de batalha junto a Gibeá.
21Então os benjaminitas saíram de Gibeá e mataram 22.000 homens de Israel naquele dia.
22No entanto, os homens do exército de Israel se mostraram corajosos e novamente se puseram em formação de batalha no mesmo lugar do primeiro dia.
23Os israelitas subiram então e choraram perante Jeová até o anoitecer e consultaram a Jeová: “Devemos ir novamente à batalha contra nossos irmãos, o povo de Benjamim?” Jeová respondeu: “Subam contra eles.”
24Assim, os israelitas avançaram em direção aos benjaminitas no segundo dia.
25Então os benjaminitas saíram de Gibeá ao encontro deles no segundo dia e mataram mais 18.000 israelitas, todos estes armados com espadas.
26Em vista disso, todos os homens de Israel subiram a Betel. Eles choraram e se sentaram ali perante Jeová; e naquele dia jejuaram até o anoitecer e fizeram ofertas queimadas e ofertas de participação em comum perante Jeová.
27Depois disso, os homens de Israel consultaram a Jeová, pois naqueles dias a Arca do Pacto do verdadeiro Deus estava ali.
28(Fineias, filho de Eleazar, filho de Arão, servia diante dela naqueles dias.) Eles perguntaram: “Devemos sair mais uma vez para a batalha contra nossos irmãos, os homens de Benjamim, ou devemos desistir?” Jeová respondeu: “Subam, porque amanhã os entregarei nas suas mãos.”
29Então Israel pôs homens de emboscada ao redor de Gibeá.
30Os israelitas subiram contra os benjaminitas no terceiro dia e se puseram em formação de batalha contra Gibeá, assim como das outras vezes.
31Quando os benjaminitas saíram ao encontro do exército, foram atraídos para longe da cidade. Então, assim como das outras vezes, começaram a atacar e a matar alguns dos homens nas estradas, uma das quais sobe a Betel e a outra a Gibeá, deixando cerca de 30 homens de Israel mortos no campo aberto.
32De modo que os benjaminitas disseram: “Eles estão sendo derrotados diante de nós como antes.” Mas os israelitas disseram: “Vamos recuar e atraí-los para longe da cidade, para as estradas.”
33Então todos os homens de Israel saíram das suas posições e se puseram em formação de batalha em Baal-Tamar, enquanto a emboscada israelita saiu da sua posição nas proximidades de Gibeá e atacou.
34Assim, 10.000 dos melhores soldados de todo o Israel chegaram diante de Gibeá, e a luta foi intensa. Mas os benjaminitas não sabiam que uma calamidade estava se aproximando.
35Jeová derrotou Benjamim diante de Israel, e naquele dia os israelitas mataram 25.100 homens de Benjamim, todos estes armados com espadas.
36No entanto, os benjaminitas imaginaram que os homens de Israel seriam derrotados quando estes recuaram de diante de Benjamim, mas eles recuaram porque confiavam na emboscada que tinham armado contra Gibeá.
37Os homens da emboscada agiram rapidamente e atacaram Gibeá. Eles se espalharam e golpearam toda a cidade com a espada.
38Os homens de Israel tinham combinado com os homens da emboscada que fariam subir da cidade um sinal de fumaça.
39Quando os israelitas recuaram da batalha, os homens de Benjamim começaram a atacar e mataram cerca de 30 homens de Israel. Eles disseram: “Sem dúvida, eles estão sendo derrotados mais uma vez diante de nós, como na batalha anterior.”
40Mas o sinal começou a subir da cidade como uma coluna de fumaça. Quando os homens de Benjamim se viraram para olhar, viram as chamas da cidade inteira subindo para o céu.
41Então os homens de Israel deram meia-volta, e os homens de Benjamim ficaram desanimados, pois viram que a calamidade os havia atingido.
42Por isso fugiram de diante dos homens de Israel em direção ao deserto, mas não conseguiram escapar da batalha; os homens que vinham das cidades também os matavam.
43Cercaram os benjaminitas e os perseguiram de modo implacável. Eles os esmagaram bem na frente de Gibeá, ao leste da cidade.
44Por fim, 18.000 homens de Benjamim morreram, todos eles guerreiros valentes.
45Os homens de Benjamim se viraram e fugiram para o deserto, para o rochedo de Rimom. E os israelitas mataram 5.000 deles nas estradas e continuaram a persegui-los até Gidom; assim, mataram mais 2.000 homens.
46Todos os de Benjamim que foram mortos naquele dia somaram 25.000 homens armados com espadas, todos eles guerreiros valentes.
47Mas 600 fugiram para o deserto, para o rochedo de Rimom, e ficaram no rochedo de Rimom por quatro meses.
48E os homens de Israel se voltaram contra os benjaminitas e golpearam com a espada todos os que moravam nas cidades, tanto homens como animais, tudo o que restou. Também incendiaram todas as cidades por onde passaram.