Jeremias 8

18 “Naquele tempo”, diz Jeová, “os ossos dos reis de Judá, os ossos dos seus príncipes, os ossos dos sacerdotes, os ossos dos profetas e os ossos dos habitantes de Jerusalém serão tirados das sepulturas.
2Serão espalhados debaixo do sol, da lua e de todo o exército dos céus, aos quais eles amaram, serviram, seguiram e buscaram, e diante dos quais se curvaram. Eles não serão recolhidos nem enterrados. Eles se tornarão como estrume sobre o solo.”
3“E, em todos os lugares para onde eu os espalhar, o restante que sobreviver dentre essa nação má achará melhor morrer do que ficar vivo”, diz Jeová dos exércitos.
4“Diga a eles: ‘Assim diz Jeová: “Será que eles cairão e não se levantarão mais? Se alguém voltar atrás, será que o outro não voltará atrás também?
5Por que esse povo de Jerusalém persiste na sua infidelidade? Eles se apegam à falsidade; Recusam-se a voltar atrás.
6Eu prestei atenção e fiquei escutando, mas o modo como eles falavam não era correto. Ninguém se arrependeu de sua maldade nem perguntou: ‘O que foi que eu fiz?’ Todos eles sempre voltam a agir como a maioria, como cavalos que se lançam na batalha.
7Até mesmo a cegonha nos céus conhece as suas estações; A rola, o andorinhão e o sabiá se apegam ao tempo do seu retorno. Mas o meu próprio povo não entende o julgamento de Jeová.”’
8‘Como vocês podem dizer: “Somos sábios e temos a lei de Jeová”? Na realidade, a pena mentirosa dos escribas só é usada para a falsidade.
9Os sábios foram envergonhados. Ficaram apavorados e serão apanhados. Eles rejeitaram a palavra de Jeová; Que sabedoria eles têm?
10Por isso entregarei as esposas deles a outros homens, E seus campos a novos donos. Pois, desde o menor até o maior deles, todos obtêm lucro desonesto; Desde o profeta até o sacerdote, todos cometem fraudes.
11E tratam superficialmente as feridas da filha do meu povo, dizendo: “Há paz! Há paz!” Quando não há paz.
12Será que eles se envergonham das coisas detestáveis que fizeram? Eles não sentem a menor vergonha! Nem mesmo sabem o que é sentir vergonha! Por isso cairão entre os que já caíram. Tropeçarão quando eu trouxer punição sobre eles’, diz Jeová.
13‘Quando eu os colher, acabarei com eles’, diz Jeová. ‘Não restarão uvas na videira nem figos na figueira, e as folhas murcharão. E eles perderão as coisas que lhes dei.’”
14“Por que estamos aqui sentados? Vamos nos reunir e entrar nas cidades fortificadas, para morrermos ali, Pois Jeová, nosso Deus, vai nos eliminar. Jeová está nos dando água envenenada para beber Porque pecamos contra ele.
15Esperava-se a paz, mas não veio nada de bom; Um tempo de cura, mas só há terror!
16Desde Dã podem-se ouvir os cavalos bufando. Com o relinchar dos garanhões, Toda esta terra treme. Os inimigos entram e devoram esta terra e tudo o que nela há, A cidade e seus habitantes.”
17“Pois estou enviando contra vocês serpentes, Cobras venenosas que não podem ser dominadas com encantamentos, E elas certamente os morderão”, diz Jeová.
18Minha tristeza é incurável; Meu coração está doente.
19Desde uma terra distante vem o grito de socorro Da filha do meu povo: “Será que Jeová não está em Sião? Não está nela o seu rei?” “Por que eles me ofenderam com as suas imagens esculpidas, Com os seus deuses estrangeiros que nada valem?”
20“Já passou a colheita, acabou o verão, Mas nós ainda não fomos salvos!”
21Estou arrasado com as feridas da filha do meu povo; Estou muito triste. O pavor tomou conta de mim.
22Será que não há bálsamo em Gileade? Não há ali nenhum médico? Por que a filha do meu povo não se recuperou?