Jeremias 50
150 Esta é a palavra que Jeová falou a respeito de Babilônia, a respeito da terra dos caldeus, por meio do profeta Jeremias:
2“Anunciem entre as nações e façam uma proclamação. Ergam um sinal e façam uma proclamação. Não escondam nada! Digam: ‘Babilônia foi tomada. Bel foi humilhado. Merodaque ficou apavorado. As imagens dela foram humilhadas. Seus ídolos repugnantes ficaram apavorados.’
3Pois uma nação veio contra ela desde o norte E fez da terra dela um motivo de terror; Ninguém mais mora nela. Tanto homens como animais fugiram; Eles foram embora.”
4“Naqueles dias e naquele tempo”, diz Jeová, “o povo de Israel e o povo de Judá virão juntos. Virão caminhando e chorando, e juntos buscarão a Jeová, seu Deus.
5Eles perguntarão o caminho para Sião e voltarão o rosto naquela direção, dizendo: ‘Venham, vamos nos unir a Jeová num pacto eterno, que não será esquecido.’
6Meu povo se tornou um rebanho de ovelhas perdidas. Seus próprios pastores fizeram com que elas se perdessem. Eles as levaram para os montes; fizeram-nas vaguear pelos montes e pelas colinas. Elas se esqueceram do seu lugar de descanso.
7Todos os que as encontraram as devoraram. Seus inimigos disseram: ‘Não temos culpa, pois eles pecaram contra Jeová, contra a morada de justiça e a esperança dos seus antepassados, Jeová.’”
8“Fujam do meio de Babilônia, Saiam da terra dos caldeus, E sejam como os animais que saem na frente do rebanho.
9Pois estou despertando e trazendo contra Babilônia Um grupo de grandes nações da terra do norte. Elas virão contra ela em formação de batalha; Por aquela direção ela será tomada. Suas flechas são como as de um guerreiro Que deixa os pais sem seus filhos; Elas não erram o alvo.
10A Caldeia se tornará despojo. Todos os que a saquearem ficarão plenamente satisfeitos”, diz Jeová.
11“Pois vocês se alegravam, vocês exultavam Enquanto saqueavam a minha herança. Vocês pulavam como uma novilha na relva verde E relinchavam como garanhões.
12Sua mãe foi envergonhada. Aquela que os deu à luz ficou desapontada. Vejam! Ela é a menos importante das nações, Um ermo árido, um deserto.
13Por causa da indignação de Jeová, ela não será habitada; Ficará completamente desolada. Todos os que passarem por Babilônia olharão aterrorizados E assobiarão por causa de todas as suas pragas.
14Venham contra Babilônia em formação de batalha por todos os lados, Todos vocês que armam o arco. Atirem contra ela, não poupem flechas, Pois foi contra Jeová que ela pecou.
15Deem um grito de guerra contra ela por todos os lados. Ela se rendeu. Suas colunas caíram, suas muralhas foram derrubadas, Pois é a vingança de Jeová. Vinguem-se dela. Façam com ela o mesmo que ela fez.
16Eliminem de Babilônia o semeador E aquele que usa a foice no tempo da colheita. Por causa da espada cruel, cada um voltará para o seu próprio povo, Cada um fugirá para a sua própria terra.
17“O povo de Israel é como ovelhas perdidas. Foram leões que as espalharam. Primeiro, o rei da Assíria as devorou; depois Nabucodonosor, rei de Babilônia, roeu os seus ossos.
18Portanto, assim diz Jeová dos exércitos, o Deus de Israel: ‘Ajustarei contas com o rei de Babilônia e com a sua terra do mesmo modo que ajustei contas com o rei da Assíria.
19E vou trazer Israel de volta à sua pastagem, e ele pastará no Carmelo e em Basã. Ele ficará saciado nas montanhas de Efraim e de Gileade.’”
20“Naqueles dias e naquele tempo”, diz Jeová, “A culpa de Israel será procurada, Mas não haverá nenhuma, E os pecados de Judá não serão achados, Pois perdoarei aqueles que eu deixar sobreviver”.
21“Ataque a terra de Merataim e os habitantes de Pecode. Que eles sejam massacrados e completamente destruídos”, diz Jeová. “Faça tudo o que lhe ordenei.
22Ouve-se o barulho de guerra no país, Uma grande catástrofe.
23Como foi cortado e despedaçado o martelo que golpeava toda a terra! Como Babilônia se tornou um motivo de terror entre as nações!
24Armei um laço para você, ó Babilônia, E você foi apanhada sem perceber. Você foi achada e capturada, Pois foi a Jeová que você se opôs.
25Jeová abriu seu arsenal E está trazendo para fora as armas da sua indignação. Pois o Soberano Senhor, Jeová dos exércitos, tem um trabalho a fazer Na terra dos caldeus.
26Venham contra ela de lugares distantes. Abram os celeiros dela. Amontoem os seus despojos como se fossem cereais, Destruam-na completamente. Que não sobre ninguém nela.
27Massacrem todos os seus novilhos; Que eles sejam levados ao abate. Ai deles, pois chegou o seu dia, O tempo do seu ajuste de contas!
28Ouve-se a voz dos fugitivos, Dos que escapam da terra de Babilônia, Para anunciar em Sião a vingança de Jeová, nosso Deus, A vingança pelo seu templo.
29Convoquem arqueiros contra Babilônia, Todos os que armam o arco. Acampem ao redor dela; que ninguém escape. Retribuam-lhe conforme os seus atos. Façam com ela o mesmo que ela fez. Pois ela agiu de modo arrogante contra Jeová, Contra o Santo de Israel.
30Por isso, seus jovens cairão nas praças, Todos os seus soldados serão eliminados naquele dia”, diz Jeová.
31“Veja! Eu estou contra você, ó insolente”, diz o Soberano Senhor, Jeová dos exércitos, “Pois tem de chegar o seu dia, o tempo em que ajustarei contas com você.
32Você, ó insolente, tropeçará e cairá, Não haverá ninguém para levantá-la. Eu porei fogo nas suas cidades, E ele devorará tudo que estiver em volta de você.”
33Assim diz Jeová dos exércitos: “O povo de Israel e o povo de Judá estão oprimidos E são mantidos presos por todos os que os levaram cativos. Eles se recusam a libertá-los.
34Mas o seu Resgatador é forte; Jeová dos exércitos é o seu nome. Ele certamente defenderá a causa deles, Para dar descanso à sua terra E trazer agitação aos habitantes de Babilônia.”
35“Uma espada virá contra os caldeus”, diz Jeová, “Contra os habitantes de Babilônia, contra os seus príncipes e contra os seus sábios.
36Uma espada virá contra os falsos profetas, e eles agirão como tolos. Uma espada virá contra os seus guerreiros, e eles ficarão apavorados.
37Uma espada virá contra os seus cavalos e os seus carros de guerra, E contra todos os diferentes povos que há no meio dela, E eles se tornarão como mulheres. Uma espada virá contra os seus tesouros, e eles serão saqueados.
38Uma devastação virá sobre as suas águas, e elas secarão. Pois ela é uma terra de imagens esculpidas, E, por causa das suas visões assustadoras, eles agem como loucos.
39Por isso, os animais do deserto morarão ali com os animais uivantes, E os avestruzes morarão nela. Ela nunca mais será habitada Nem povoada de geração em geração.”
40“Assim como aconteceu quando Deus devastou Sodoma e Gomorra e suas cidades vizinhas,” diz Jeová, “ninguém morará ali, e nenhum homem se estabelecerá ali.
41Vejam! Um povo está vindo do norte; Uma grande nação e reis poderosos serão despertados Das partes mais distantes da terra.
42Eles se armam de arcos e lanças. São cruéis e não terão misericórdia. O barulho deles é como o rugido do mar, Ao virem montados em seus cavalos. Eles se unem em formação de batalha contra você, ó filha de Babilônia.
43O rei de Babilônia ouviu a notícia a respeito deles, E suas mãos se abaixaram. Ele foi tomado de aflição, De dores como as de uma mulher que está dando à luz.
44“Vejam! Alguém virá contra as pastagens seguras como um leão que sai dos densos bosques ao longo do Jordão, mas num instante vou fazer com que eles fujam para longe dela. E designarei sobre ela aquele que foi escolhido. Pois quem é igual a mim? Quem me desafiará? Que pastor pode ficar de pé diante de mim?
45Portanto, ó homens, ouçam a decisão que Jeová tomou contra Babilônia e o que ele pretende fazer contra a terra dos caldeus: Os cordeiros certamente serão arrastados para longe. Ele desolará suas pastagens por causa deles.
46Com o estrondo da tomada de Babilônia, a terra tremerá, E um clamor será ouvido entre as nações.”