João 18
8 Depois de dizer essas coisas, Jesus saiu com seus discípulos para o outro lado do vale do Cédron; ali havia um jardim, onde ele e seus discípulos entraram.
Judas, aquele que o estava traindo, também conhecia o lugar, porque Jesus muitas vezes tinha se reunido ali com seus discípulos.
Assim, Judas, trazendo o destacamento de soldados e também os guardas enviados pelos principais sacerdotes e pelos fariseus, chegou ali com tochas, lâmpadas e armas.
Então Jesus, sabendo de tudo o que ia lhe acontecer, deu um passo à frente e lhes disse: “Quem vocês estão procurando?”
Responderam-lhe: “Jesus, o Nazareno.” Ele lhes disse: “Sou eu.” Judas, o traidor, também estava com eles.
Então lhes perguntou novamente: “Quem vocês estão procurando?” Disseram: “Jesus, o Nazareno.”
Jesus respondeu: “Eu lhes disse que sou eu. Então, se é a mim que vocês estão procurando, deixem estes homens ir.”
Isso aconteceu para que se cumprisse o que ele tinha dito: “Não perdi nem mesmo um daqueles que me deste.”
Então Simão Pedro, que tinha uma espada, a puxou e atacou o escravo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do escravo era Malco.
Mas Jesus disse a Pedro: “Ponha a espada na bainha. Por acaso não devo beber o cálice que o Pai me deu?”
Então, os soldados, o comandante militar e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram.
De fato, foi Caifás quem tinha dito aos judeus que era para o bem deles que um só homem morresse a favor do povo.
Simão Pedro, bem como um outro discípulo, seguia Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
mas Pedro ficou do lado de fora, junto à porta. Portanto, o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, falou com a serva que tomava conta da porta e levou Pedro para dentro.
A serva perguntou então a Pedro: “Você também não é um dos discípulos desse homem?” Ele respondeu: “Não sou.”
Os escravos e os guardas estavam em volta de um braseiro que tinham acendido, porque fazia frio, e se aqueciam. Pedro também estava com eles e se aquecia.
Então o principal sacerdote interrogou Jesus sobre os seus discípulos e sobre os seus ensinamentos.
Jesus lhe respondeu: “Falei ao mundo publicamente. Sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e não disse nada em segredo.
Por que o senhor me faz perguntas? Pergunte aos que ouviram o que eu lhes disse. Eles certamente sabem o que eu disse.”
Depois de Jesus dizer isso, um dos guardas que estava ali lhe deu uma bofetada e disse: “É assim que você responde ao principal sacerdote?”
Jesus lhe respondeu: “Se eu disse algo errado, diga o que foi que eu disse de errado; mas, se o que eu disse está certo, por que você me bate?”
Então Anás o mandou amarrado a Caifás, o sumo sacerdote.
Simão Pedro estava ali e se aquecia. Então lhe perguntaram: “Você também não é um dos discípulos dele?” Ele negou, dizendo: “Não sou.”
Um dos escravos do sumo sacerdote, parente do homem cuja orelha Pedro havia cortado, perguntou: “Não vi você no jardim com ele?”
Então, levaram Jesus da presença de Caifás para a residência do governador. Já era de manhã cedo. Mas eles mesmos não entraram na residência do governador, para não ficarem impuros e assim poderem comer a refeição pascoal.
Portanto, Pilatos saiu ao encontro deles e perguntou: “Que acusação vocês levantam contra esse homem?”
Assim, Pilatos lhes disse: “Levem-no vocês mesmos e julguem-no segundo a sua lei.” Os judeus lhe disseram: “Não nos é permitido matar ninguém.”
Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que Jesus tinha dito indicando o tipo de morte que estava para sofrer.
Então Pilatos entrou novamente na residência do governador, chamou Jesus e lhe perguntou: “Você é o Rei dos judeus?”
Pilatos respondeu: “Por acaso eu sou judeu? A sua própria nação e os principais sacerdotes o entregaram a mim. O que você fez?”
Jesus respondeu: “Meu Reino não faz parte deste mundo. Se meu Reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o fato é que o meu Reino não é daqui.”
Então Pilatos lhe perguntou: “Pois bem, você é rei?” Jesus respondeu: “O senhor mesmo está dizendo que eu sou rei. Para isto nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que está do lado da verdade escuta a minha voz.”
Pilatos lhe disse: “O que é verdade?” Depois de dizer isso, ele saiu novamente ao encontro dos judeus e lhes disse: “Não vejo motivo para acusá-lo.
Além disso, vocês têm o costume de que eu liberte um homem por ocasião da Páscoa. Portanto, querem que eu solte o Rei dos judeus?”