Cânticos 2

12 “Sou apenas uma flor de açafrão da planície costeira, Um lírio dos vales.”
2“Como um lírio entre os espinhos, Assim é minha amada entre as moças.”
3“Como uma macieira entre as árvores da floresta, Assim é meu querido entre os rapazes. Desejo ardentemente me sentar à sua sombra, E seu fruto é doce ao meu paladar.
4Ele me levou à sala de banquete, E seu estandarte sobre mim era o amor.
5Revigorem-me com passas prensadas, Sustentem-me com maçãs, Pois estou desfalecendo de amor.
6Sua mão esquerda está sob a minha cabeça, E sua mão direita me abraça.
7Eu as ponho sob juramento, ó filhas de Jerusalém, Pelas gazelas e pelas corças do campo: Não tentem despertar nem suscitar em mim amor até que este o queira.
8Ouço o meu querido chegando! Vejam! Lá vem ele, Escalando os montes, saltando pelas colinas.
9Meu querido é como uma gazela, como um filhote de corça. Lá está ele, atrás da nossa parede, Olhando pelas janelas, Espreitando pelas treliças.
10Meu querido me diz: ‘Levante-se, minha amada, Minha bela, venha comigo.
11Veja! O inverno passou. As chuvas cessaram, elas se foram.
12Apareceram as flores na terra, Já chegou o tempo da poda, E ouve-se o canto da rolinha nos campos.
13Amadureceram os primeiros frutos da figueira; As videiras estão em flor e exalam sua fragrância. Levante-se, minha amada, e venha. Minha bela, venha comigo.
14Ó minha pomba, nos abrigos dos rochedos, Nas fendas dos penhascos, Deixe-me vê-la e ouvir a sua voz, Pois a sua voz é agradável, e bela é a sua aparência.’”
15“Peguem as raposas para nós, As pequenas raposas que estragam os vinhedos, Pois os nossos vinhedos estão em flor.”
16“Meu querido é meu, e eu sou dele. Ele pastoreia entre os lírios.
17Antes que sopre a brisa do dia e as sombras fujam, Volte depressa, meu querido, Como a gazela ou o filhote de corça sobre as montanhas de separação.