2 Crônicas 20

120 Mais tarde, os moabitas e os amonitas, junto com alguns dos amonins, vieram guerrear contra Jeosafá.
2Então informaram a Jeosafá: “Uma grande multidão veio contra o senhor da região do mar, de Edom, e eles já estão em Hazazom-Tamar, isto é, En-Gedi.”
3Em vista disso, Jeosafá ficou com medo e decidiu recorrer a Jeová. Assim, proclamou um jejum para todo o Judá.
4E o povo de Judá se reuniu para consultar a Jeová; vieram de todas as cidades de Judá para consultar a Jeová.
5Jeosafá ficou então de pé na congregação de Judá e Jerusalém, na casa de Jeová, diante do pátio novo,
6e disse: “Ó Jeová, Deus dos nossos antepassados, não és tu Deus nos céus, e não dominas sobre todos os reinos das nações? Na tua mão há força e poder, e ninguém pode se manter firme contra ti.
7Ó nosso Deus, não expulsaste os habitantes desta terra de diante do teu povo Israel, e não a deste como propriedade permanente à descendência do teu amigo Abraão?
8Eles se estabeleceram nela e construíram ali um santuário para o teu nome, dizendo:
9‘Se vier sobre nós calamidade — espada, julgamento desfavorável, peste ou fome —, que fiquemos de pé diante desta casa e diante de ti (pois o teu nome está nesta casa) e clamemos a ti por ajuda na nossa aflição, e que tu ouças e nos salves.’
10Aqui estão os homens de Amom, de Moabe e da região montanhosa de Seir, cujas terras tu não deixaste Israel invadir quando saiu da terra do Egito. Israel se desviou deles e não os destruiu.
11Agora eles nos recompensam vindo nos expulsar da tua propriedade, que nos deste como herança.
12Ó nosso Deus, não executarás o julgamento neles? Pois não podemos fazer nada diante dessa grande multidão que vem contra nós. Não sabemos o que devemos fazer, mas os nossos olhos se fixam em ti.”
13Enquanto isso, todos os homens de Judá estavam diante de Jeová, junto com suas esposas e seus filhos, incluindo as crianças.
14Então, no meio da congregação, o espírito de Jeová veio sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita dos filhos de Asafe.
15Ele disse: “Prestem atenção, todo o Judá, habitantes de Jerusalém e rei Jeosafá! Assim lhes diz Jeová: ‘Não tenham medo nem fiquem apavorados por causa dessa grande multidão, pois a batalha não é sua, mas de Deus.
16Amanhã desçam contra eles. Eles estarão subindo pelo desfiladeiro de Ziz, e vocês os encontrarão no fim do vale, em frente ao deserto de Jeruel.
17Vocês não terão de lutar nesta batalha. Tomem a sua posição, fiquem parados e vejam a salvação de Jeová a seu favor. Ó Judá e Jerusalém, não tenham medo nem fiquem apavorados. Amanhã saiam ao encontro deles, e Jeová estará com vocês.’”
18Imediatamente Jeosafá se curvou com o rosto por terra, e todo o Judá e os habitantes de Jerusalém se prostraram diante de Jeová para adorar a Jeová.
19Então os levitas que eram descendentes dos coatitas e dos coraítas se levantaram para louvar a Jeová, o Deus de Israel, com voz bem alta.
20Na manhã seguinte, levantaram-se cedo e partiram para o deserto de Tecoa. Quando estavam partindo, Jeosafá ficou de pé e disse: “Ouçam-me, ó Judá e habitantes de Jerusalém! Tenham fé em Jeová, seu Deus, para que possam permanecer firmes. Tenham fé nos Seus profetas e vocês serão bem-sucedidos.”
21Depois de consultar o povo, ele designou homens para cantarem a Jeová e lhe darem louvor com vestes santas, indo à frente dos homens armados, dizendo: “Agradeçam a Jeová, pois o seu amor leal dura para sempre.”
22Quando começaram a cantar louvores com alegria, Jeová armou uma emboscada contra os homens de Amom, de Moabe e da região montanhosa de Seir, que estavam invadindo Judá, e eles mataram uns aos outros.
23Os amonitas e os moabitas se voltaram contra os habitantes da região montanhosa de Seir para destruí-los e exterminá-los; e, quando acabaram com os habitantes de Seir, destruíram uns aos outros.
24Quando Judá chegou à torre de vigia do deserto e eles olharam para a multidão, lá estavam os seus cadáveres caídos no chão; não havia sobreviventes.
25Então Jeosafá e seu povo foram pegar o despojo. Acharam entre eles muitos bens, roupas e objetos preciosos que pegaram dos cadáveres até não poderem carregar mais. Demorou três dias para levarem o despojo, pois havia muita coisa.
26No quarto dia reuniram-se no vale de Beraca, e ali louvaram a Jeová. É por isso que chamaram aquele lugar de vale de Beraca, como é conhecido até hoje.
27Então todos os homens de Judá e de Jerusalém, com Jeosafá à sua frente, voltaram a Jerusalém com alegria, pois Jeová tinha feito com que eles se alegrassem com a vitória sobre os seus inimigos.
28Chegaram assim a Jerusalém com instrumentos de cordas, harpas e trombetas, e foram à casa de Jeová.
29E todos os reinos das terras ficaram com medo de Deus quando souberam que Jeová tinha lutado contra os inimigos de Israel.
30Assim o reino de Jeosafá teve paz, e seu Deus continuou a dar-lhe descanso de todos os inimigos ao seu redor.
31E Jeosafá continuou reinando sobre Judá. Ele tinha 35 anos de idade quando se tornou rei, e reinou por 25 anos em Jerusalém. O nome da sua mãe era Azuba, filha de Sili.
32Ele andava no caminho de Asa, seu pai. Não se desviou dele, e fez o que era certo aos olhos de Jeová.
33Mas os altos sagrados não foram removidos, e o povo ainda não tinha preparado seu coração para buscar o Deus dos seus antepassados.
34Os outros acontecimentos da história de Jeosafá, do começo ao fim, estão registrados nos escritos de Jeú, filho de Hanani, que foram incluídos no Livro dos Reis de Israel.
35Depois Jeosafá, rei de Judá, fez uma aliança com Acazias, rei de Israel, que fazia o que era mau.
36Assim, eles se tornaram sócios na construção de navios que iriam a Társis, e construíram os navios em Eziom-Geber.
37No entanto, Eliézer, filho de Dodavaú, de Maressa, profetizou contra Jeosafá, dizendo: “Visto que o senhor fez uma aliança com Acazias, Jeová destruirá os seus trabalhos.” Assim, os navios naufragaram e não puderam chegar a Társis.