Marcos 1
2como está escrito nos profetas: Eis que eu envio o meu mensageiro diante de tua face, que preparará o teu caminho diante de ti.
3A voz de um que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
5E iam ter com ele toda a terra da Judeia, e os de Jerusalém, e todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
6E João vestia-se com pelos de camelo, e com um cinto de pele em torno de sua cintura, e ele comia locustas e mel silvestre;
7e pregava, dizendo: Após mim vem um que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de, inclinando-me, desatar a correia das sandálias.
9E aconteceu naqueles dias que veio Jesus de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no Jordão.
10E imediatamente, saindo da água, ele viu os céus abertos, e o Espírito como pomba descendo sobre ele;
11e ali veio uma voz do céu, dizendo: Tu és o meu Filho amado em quem eu me comprazo.
12E imediatamente o Espírito o conduziu para o deserto.
13E ele esteve ali no deserto quarenta dias, tentado por Satanás; e estava entre as feras, e os anjos o serviam.
14Ora, depois que João foi colocado na prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do reino de Deus,
15e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.
16E, andando junto do mar da Galileia, ele viu Simão e André, seu irmão, os quais lançavam a rede ao mar, pois eles eram pescadores.
17E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que vos torneis pescadores de homens.
18E, imediatamente, eles abandonaram as suas redes, e o seguiram.
19E ele, indo um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que também estavam no barco consertando as suas redes.
20E imediatamente ele os chamou; e eles deixando o seu pai Zebedeu no barco com os servos assalariados, o seguiram.
22E eles admiravam-se da sua doutrina, pois ele os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.
24dizendo: Deixe-nos sozinhos; o que temos nós contigo, Jesus de Nazaré? Vieste destruir-nos? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus.
25Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele.
26Então o espírito imundo, convulsionando-o, e gritando em alta voz, saiu dele.
27E eles todos se espantaram, de tal modo que questionavam entre si, dizendo: Que coisa é esta? Que nova doutrina é esta? Porque com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem.
28E imediatamente sua fama se espalhou por toda a região ao redor da Galileia.
29E, em seguida, saindo eles da sinagoga, entraram na casa de Simão e André, com Tiago e João.
30Mas a mãe da esposa de Simão estava deitada doente com febre, e logo lhe falaram a respeito dela.
31E ele veio, tomou-a pela mão, e levantou-a; e imediatamente a febre a deixou, e ela os serviu.
32E, quando o sol se pôs, trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos, e os possuídos com demônios.
33E toda a cidade estava reunida à porta.
34E ele curou muitos que estavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios; mas não permitia que os demônios falassem, porque eles o conheciam.
35E, de madrugada, levantando-se muito antes de o dia clarear, ele saiu e foi a um lugar deserto, e ali orava.
36E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.
37E, ao encontrá-lo, disseram-lhe: Todos os homens procuram por ti.
38E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu possa pregar ali também; porque para isso é que eu vim.
40E vindo a ele um leproso, suplicava-lhe, ajoelhando-se diante dele, lhe dizendo: Se tu quiseres, podes purificar-me.
41E Jesus, movido com compaixão, estendeu sua mão, e tocou-o, e disse-lhe: Eu quero, seja purificado.
42E, tendo ele dito isto, imediatamente a lepra saiu dele, e ele foi purificado.
43E, advertindo-lhe severamente, logo o despediu,
44dizendo-lhe: Olha, nada digas a nenhum homem; mas vai pelo teu caminho, e mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação as coisas que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
45Mas ele, saindo dali, começou a proclamar muitas coisas, e divulgar o assunto, de modo que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas permanecia fora, em lugares desertos; e vinham até ele de todas as partes.