Eclesiastes 1
3Que benefício tem o homem de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
4Uma geração passa, e uma outra geração vem; mas a terra permanece para sempre.
5O sol nasce, e o sol se põe, e apressa-se de volta ao seu lugar de onde nasceu.
6O vento vai em direção ao sul, e faz o seu giro para o norte; o vento gira continuamente, e retorna novamente de acordo com os seus circuitos.
7Todos os rios correm para o mar, e contudo, o mar não fica cheio; ao lugar de onde os rios vêm, para ali retornam eles novamente.
8Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; o olho não se satisfaz em ver, nem o ouvido se enche de ouvir.
9O que aconteceu, isso é o que há de ser; e o que está feito, é o que deverá ser feito; e não há coisa nova debaixo do sol.
10Há alguma coisa da qual se possa dizer: Vê, isto é novo? Já era nos velhos tempos, que foram antes de nós.
11Não há lembrança de coisas anteriores; nem haverá nenhuma lembrança das coisas que hão de vir, entre as que hão de vir depois.
12Eu, o Pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
13E dediquei o meu coração a buscar e a procurar pela sabedoria no que diz respeito a todas as coisas que são realizadas debaixo do céu; esta enfadonha ocupação Deus deu aos filhos do homem, para que nela se exercitem.
14Tenho visto todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo é vaidade e aflição de espírito.
15Aquilo que é torto não se pode endireitar; e aquilo que falta não se pode numerar.
16Falei eu com o meu próprio coração, dizendo: Eis que adquiri grande riqueza, e superei em sabedoria a todos os que vieram antes de mim em Jerusalém; sim, o meu coração teve uma grande experiência de sabedoria e conhecimento.
17E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer a loucura e as tolices, e percebi que isto também é aflição de espírito.
18Porque na muita sabedoria há muita angústia; e aquele que aumenta o conhecimento, aumenta a tristeza.