Salmos 64

Do mestre de canto. Salmo. De Davi.
Ouve, ó Deus, a voz do meu lamento! Protege minha vida do terrível inimigo,
esconde-me da conspiração dos maus e do motim dos malfeitores.
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A metáfora de 'línguas como espadas' aparece em outros salmos (sl57:4; sl59:7), refletindo a violência verbal comum em contextos de perseguição política ou pessoal, como as que Davi enfrentou de Saul e outros inimigos.
Eles afiam sua língua como espada, e atiram, como flecha, a palavra venenosa,
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Ataques 'em lugar oculto' eram comuns em conspirações palacianas do Antigo Oriente Médio. A integridade do perseguido contrasta com a covardia dos opressores, tema recorrente nos salmos de lamento.
para ferir o inocente às escondidas, para feri-lo de surpresa e sem risco.
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A ilusão de que 'ninguém os verá' ecoa sl10:11 e sl94:7, mostrando uma mentalidade ateia prática mesmo em sociedades teocráticas. A expressão 'armar laços' remete a tramas políticas (et2:21-23; et6:11-12).
Eles se fortalecem com seu projeto maligno, calculam como esconder armadilhas, pensando: “Quem vai descobrir?”
Inventam crimes e ocultam seus inventos, porque sua mente e coração não têm fundo.
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A imagem de Deus como arqueiro divino aparece em sl7:12-13 e lc3:12-13. Na cultura militar da época, a flecha repentina simbolizava juízo inevitável, diferente dos combates frontais.
Deus, porém, atira flechas contra eles, e ficam feridos de surpresa;
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A autodestruição pelo próprio discurso maligno é princípio proverbial (pv12:13; sl7:15-16). Na história israelita, isso se cumpriu em casos como Hamã (et7:10) e Acabe (1rs22:34-38).
sua própria língua os leva à ruína, e quem os vê balança a cabeça.
Então todo homem se atemoriza, proclama o ato de Deus, e medita em suas obras.
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A alegria do justo perseguido antecipa ensinos do NT sobre perseverança (rm5:3-5; tg1:2-4). A expressão 'retos de coração' alude à integridade total, não apenas ritual (sl15:2; sl78:72).
O justo se alegra com Javé e nele se abriga. E os retos de coração se felicitam.