Jeremias 39

No décimo mês do nono ano de Sedecias, rei de Judá, chegou a Jerusalém Nabucodonosor, rei da Babilônia, com todo o seu exército, e cercou a cidade.
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Sedequías, filho do rei Josías e último rei do Judá, governou onze anos, desde ano 597 até 586 a.C. Os dois irmãos maiores do Sedequías, Joacaz e Joacim, e seu sobrinho Joaquín governaram antes que ele. Quando levaram ao Joaquín ao cativeiro em Babilônia, Nabucodonosor pôs ao Matanías, de vinte e um anos de idade, como rei, trocando seu nome ao Sedequías. Este se rebelou contra Nabucodonosor, quem o capturou, matou a seus filhos diante dele e logo o deixou cego e o levou de retorno a Babilônia onde mais tarde morreu (vejam-se 2 Rseis 24; 2 Crônicas 36; Jeremías 52).
Foi no nono dia do quarto mês do décimo primeiro ano de Sedecias que ele conseguiu abrir uma brecha para entrar na cidade.
Por aí entraram os oficiais do rei da Babilônia, que se colocaram na porta do Meio. Eram eles: Nergalsareser, Samgar-Nabu, Sar-Saquim, chefe dos eunucos, Nergalsareser, grande mago, e todos os outros oficiais do rei da Babilônia.
Sedecias, rei de Judá, e seus soldados, quando viram tudo isso, tentaram fugir. Saíram da cidade à noite pelo jardim do rei, que vai dar na porta entre as duas muralhas, e se dirigiram para o deserto.
Mas o exército dos caldeus os perseguiu, e alcançou Sedecias nas planícies de Jericó. Prenderam o rei Sedecias e o levaram a Nabucodonosor, rei da Babilônia, que estava em Rebla, na região de Emat, e que aí mesmo decretou a sentença de Sedecias.
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Ribla estava a 320 km ao norte de Jerusalém. Era o centro de operações babilônico para governar a região.
O rei da Babilônia mandou matar os filhos de Sedecias aí mesmo em Rebla, diante dos olhos de Sedecias; e mandou matar também os nobres de Judá.
Em seguida, furou os olhos de Sedecias e o algemou, a fim de levá-lo para a Babilônia.
Quanto ao palácio do rei e às casas par­ticulares, os caldeus incendiaram tudo e derrubaram as muralhas de Jerusalém.
Na­buzardã, chefe da guarda, mandou para a Babilônia o resto da população que ainda tinha ficado na cidade, os desertores que se entregaram a ele e os artistas profissionais que ainda havia.
Os mais pobres do povo, os que não possuíam nada, Nabuzardã os deixou na terra de Judá e deu-lhes vinhas e terra para cultivar.
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Babilônia tinha uma ardilosa política externa para as terras conquistadas. Deportava aos ricos e poderosos, deixando sozinho aos muito pobres ao mando, por isso estavam agradecidos com seus conquistadores. Este método assegurava que as populações conquistadas fossem muito leais e débeis para rebelar-se.
Quanto a Jeremias, Nabucodonosor, o rei da Babilônia, deu a seguinte ordem a Nabuzardã, chefe da guarda:
“Você mesmo vai buscá-lo e cuidar dele. Não lhe faça mal nenhum; ao contrário, faça tudo conforme ele pedir”.
Nabuzardã, chefe da guarda; o comandante Nabusezbã, oficial superior; Nergalsareser, grande mago; e os outros oficiais do rei da Babilônia
mandaram tirar Jeremias do pátio da prisão e o entregaram a Godolias, filho de Aicam, neto de Safã, para que o levasse para casa. E Jeremias ficou livre, no meio do povo.
Enquanto Jeremias estava preso no pá­tio da prisão, Javé lhe dirigiu a seguinte palavra:
“Vá dizer ao etíope Ebed-Melec: Assim diz Javé dos exércitos, o Deus de Israel: Eis que vou cumprir contra esta cidade as minhas palavras, para desgraça e não para salvação. Nesses dias, tudo vai se realizar diante de você.
No entanto, nesse dia eu livrarei você — oráculo de Javé. E você não cairá nas mãos desses homens, dos quais você tem medo.
Farei com que você escape e não caia sob a espada. Você terá a sua vida como despojo, porque confiou em mim — oráculo de Javé”.