Daniel 12

Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que protege o povo ao qual você pertence: será uma hora de grandes apertos, tais como jamais houve, desde que as nações começaram a existir, até o tempo atual. Então o seu povo será salvo, todos os que estiverem inscritos no livro.
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Miguel é citado como arcanjo em jud1:9 e ap12:7. A 'angústia sem precedentes' é associada ao fim dos tempos em mt24:21. A ideia do 'livro' remete ao 'Livro da Vida' (ap20:12), tema comum na literatura apocalíptica.
Muitos que dormem no pó despertarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha e a infâmia eternas.
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Um dos primeiros textos claros sobre ressurreição corporal no Antigo Testamento. Judeus fariseus e cristãos usaram esse verso para defender a doutrina (jo5:29). Há debate se é uma ressurreição literal ou metáfora de restauração nacional.
Os sábios brilharão como brilha o firmamento, e os que ensinam a muitos a justiça brilharão para sempre como estrelas.
Você, Daniel, guarde em segredo esta mensagem, lacre este livro até o tempo final. Muitos o examinarão, e o conhecimento deles aumentará”.
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A ordem de selar o livro contrasta com ap22:10. A multiplicação do conhecimento é associada por alguns à era da informação, mas o contexto original provavelmente se refere ao entendimento progressivo das profecias.
Eu, Daniel, vi também outros dois homens de pé, à beira do rio, um do lado de cá e o outro do lado de lá.
Um deles disse ao homem vestido de linho que estava sobre as águas do rio: “Quando se realizarão essas coisas maravilhosas?”
Ouvi o homem vestido de linho que estava sobre as águas do rio. Ele levantou as duas mãos e jurou por Aquele que vive eternamente: “Daqui a um ano e dois anos e meio. Quando acabar a opressão do povo santo, aí é que se realizará tudo isso”.
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'Tempo, tempos e metade' (3 anos e meio) aparece em dn7:25 e ap12:14. Simboliza um período de perseguição. A referência ao 'poder do povo santo' sendo espalhado pode aludir à revolta dos Macabeus (século II a.C.) ou à diáspora judaica.
Eu ouvi, mas não entendi. E perguntei: “Meu senhor, como é que tudo isso vai terminar?”
Ele respondeu: “Vá, Daniel! Essa mensagem ficará guardada e lacrada até o tempo final.
Muitos ainda serão separados, limpos e expurgados, enquanto os ímpios continuarão praticando a injustiça. Os ímpios não entenderão essas coisas, mas os sábios as compreenderão.
A partir do dia em que acabar o sacrifício cotidiano e for instalado no Templo o ídolo abominável, passarão mil, duzentos e noventa dias.
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Os 1290 e 1335 dias geram controvérsias. A 'abominação desoladora' remete à profanação do Templo por Antíoco IV Epifânio (167 a.C.), mas Jesus a reinterpretou escatologicamente (mt24:15). As diferenças numéricas podem indicar cálculos simbólicos (3,5 anos = 1260 dias) com acréscimos para ajustes calendários.
Feliz quem souber esperar com perseverança, alcançando mil, trezentos e trinta e cinco dias.
Quanto a você, vá em frente até que chegue o seu fim e repouse: você se levantará para receber a sua parte no final dos dias”.
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A promessa a Daniel antecipa a doutrina cristã da ressurreição (1co15:20). Curiosamente, não há menção de juízo para ele, apenas descanso – contrastando com a teologia do 'sono da alma'.