2 Crônicas 24

Joás tinha sete anos quando subiu ao trono e reinou quarenta anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Sebias e era natural de Bersabeia.
Enquanto o sacerdote Joiada viveu, Joás fez o que Javé aprova.
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Joás segue os caminhos retos apenas enquanto Joiada, o sacerdote, está vivo. Isso mostra a influência decisiva do líder religioso em sua governança. Após a morte de Joiada, o rei se corrompe (versos 17-22).
Joiada lhe arranjou duas mulheres, que lhe deram filhos e filhas.
Mais tarde, Joás resolveu restaurar o Templo de Javé.
Reuniu os sacerdotes e levitas e lhes disse: “Saiam pelas cidades de Judá recolhendo dinheiro de todo o Israel, para restaurar o Templo do seu Deus, a cada ano, conforme a necessidade. Cuidem disso com urgência”. Mas os levitas não se apressaram.
Então o rei chamou Joiada, o chefe deles, e lhe disse: “Por que você não exigiu que os levitas recolhessem em Judá e Jerusalém o tributo imposto por Moisés, servo de Javé, e pela assembleia de Israel, em favor da Tenda do Testemunho?
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O 'tributo de Moisés' refere-se à taxa do censo estabelecida em Êxodo 30:12-16, destinada à manutenção do Tabernáculo. A menção reforça a tentativa de retomar tradições antigas.
Você não sabe que a perversa Atalia e seus filhos arruinaram o Templo de Deus e colocaram a serviço dos ídolos tudo o que havia de sagrado no Templo de Javé?”
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Atalia foi a rainha usurpadora que quase destruiu a linhagem real de Davi (2 Crônicas 22-23). Seus filhos hereges usaram objetos sagrados no culto a Baal, profanando o Templo.
Então, por ordem do rei, fizeram um cofre e o colocaram na porta do Templo de Javé, do lado de fora.
Depois anunciaram, em Judá e Jerusalém, que levassem a Javé o tributo que Moisés, servo de Deus, exigia de Israel no deserto.
As autoridades e todo o povo levaram com alegria o seu tributo e o colocaram no cofre, que ficou cheio.
Toda vez que os levitas levavam o cofre para a inspeção real, e viam que havia muito dinheiro, o secretário do rei e o inspetor do sumo sacerdote esvaziavam o cofre e o colocavam novamente no mesmo lugar. Assim foram fazendo diariamente, e ajuntaram muito dinheiro.
O rei e Joiada entregavam o dinheiro aos mestres de obras encarregados do Templo de Javé, e estes pagavam os pedreiros e carpinteiros que trabalhavam no Templo de Javé, e também os artesãos do ferro e bronze que restauravam o Templo de Javé.
Os operários se puseram a trabalhar, e as obras progrediram em suas mãos. Eles reformaram o Templo de Deus e lhe deram a estrutura primitiva e sólida.
Terminado o serviço, levaram para o rei e para Joiada o dinheiro que sobrou. E com a sobra mandaram fazer utensílios para o Templo de Javé, objetos para o serviço e os holocaustos, taças e objetos de ouro e prata. Enquanto Joiada viveu, ofereceram continuamente holocaustos no Templo de Javé.
Joiada ficou velho e morreu em idade avançada, com cento e trinta anos.
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Joiada vive 130 anos, idade incomum mas simbólica, associada a honra divina. Ser enterrado com os reis (verso 16) é exceção para um sacerdote, indicando seu papel crucial na restauração do culto.
Ele foi enterrado na Cidade de Davi, ao lado dos reis, pois só tinha feito o bem para Israel, para Deus e para o seu Templo.
Depois da morte de Joiada, os chefes de Judá foram prostrar-se diante do rei, e este seguiu o conselho deles.
Abandonaram o Templo de Javé, o Deus de seus antepassados, prestaram culto aos postes sagrados e aos ídolos. Por causa desse pecado, a ira de Deus se inflamou contra Judá e Jerusalém.
Deus mandou profetas para eles, a fim de os converter, mas eles não fizeram caso de suas críticas.
Então o espírito de Deus se apoderou de Zacarias, filho do sacerdote Joiada. Ele se dirigiu ao povo e disse: “Assim fala Deus: Por que é que vocês estão desobedecendo aos mandamentos de Javé? Vocês vão se arruinar. Vocês abandonaram Javé, e ele também os abandona!”
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Zacarias, filho de Joiada, é identificado por Jesus em Mateus 23:35 como 'filho de Baraquias', gerando debates. Possíveis explicações: erro de transcrição, dois Zacarias diferentes, ou uso simbólico pelo evangelho.
Então eles se reuniram contra o profeta e, por ordem do rei, o apedrejaram no pátio do Templo de Javé.
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O apedrejamento de Zacarias no Templo cumpre a profecia de Jesus sobre mártires 'de Abel a Zacarias' (Lucas 11:51). A contradição na genealogia (pai Joiada vs. Baraquias) é questão crítica.
Assim, o rei Joás, sem consideração por tudo de bom que lhe tinha feito Joiada, pai de Zacarias, mandou matar o filho dele. Ao morrer, o profeta disse: “Que Javé julgue e dê a sentença”.
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A morte de Zacarias ecoa a justiça divina: Joás, salvo por Joiada (2 Cr 22), mata seu filho. A vingança ocorre no verso 25, ligando traição e castigo.
Um ano depois, o exército arameu atacou Joás, invadiu Judá até Jerusalém, eliminou todos os chefes do povo e mandou para o rei de Damasco tudo o que tinha saqueado.
O exército arameu tinha vindo com poucos homens, mas Javé entregou em seu poder um exército muito mais numeroso, porque o povo tinha abandonado Javé, o Deus de seus antepassados. Quanto a Joás, os arameus o castigaram:
ao partir, deixaram Joás muito ferido. Seus ministros se rebelaram contra ele para vingar o filho do sacerdote Joiada, e o mataram na sua própria cama. Morto o rei, eles o enterraram na Cidade de Davi, mas não na sepultura dos reis.
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Joás é assassinado por servos, possivelmente como vingança pelo sangue de Zacarias. Ser sepultado fora dos túmulos reais contrasta com Joiada (verso 16), marcando desonra póstuma.
Aqueles que conspiraram contra o rei foram Zabad, filho da amonita Semaat, e Jozabad, filho da moabita Semarit.
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Conspiradores com origens amonita e moabita são intrigantes, pois a Lei proibia integração desses povos (Dt 23:3). Talvez as mães fossem israelitas, ou o texto enfatize a degeneração do reinado.
Quanto aos filhos de Joás, quanto aos tributos pesados que teve de pagar e quanto à reforma do Templo de Deus, tudo está escrito no Comentário do Livro dos Reis. Seu filho Amasias lhe sucedeu no trono.