Jeremias 37

O rei Sedecias, filho de Josias, tornou-se rei no lugar de Jeconias, filho de Joaquim; Nabucodonosor, rei de Babilônia, nomeou-o rei no país de Judá.
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O rei Joacim morreu caminho a Babilônia (2Ch 36:6) e designaram rei a seu filho Joaquín, mas três meses depois o levaram cativo a Babilônia. Nabucodonosor então designou ao Sedequías como seu vassalo no Judá.
Mas nem ele, nem seus ministros, nem o povo do país escutaram as palavras que Javé tinha pronunciado por meio do profeta Jeremias.
O rei Sedecias enviou então Jucal, filho de Selemias, e o sacerdote Sofonias, filho de Maasias, ao profeta Jeremias, para dizer-lhe: “Roga por nós a Javé nosso Deus”.
Jeremias ia e vinha no meio do povo: ainda não tinha sido lançado na prisão.
Entretanto o exército do faraó tinha saído do Egito, e os caldeus, que sitiavam Jerusalém, logo que souberam disso se retiraram de Jerusalém.
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Quando Nabucodonosor sitiou Jerusalém em 589 a.C., o Faraó Hofra partiu contra ele por convite do Sedequías. Jerusalém voltou o olhar ao Egito para lhe pedir ajuda apesar das advertências do Jeremías. Mas os egípcios não foram nenhuma ajuda, já que assim que os babilonios se voltaram em seu contrário, retiraram-se. As advertências do Jeremías foram certas.
Então foi dirigida ao profeta Jeremias esta palavra de Javé:
“Assim fala Javé, o Deus de Israel: Dizei assim ao rei de Judá que vos mandou até mim para consultar-me: O exército do faraó, que saiu em vosso socorro, retornará a seu país, o Egito;
os caldeus voltarão para atacar esta cidade, tomá-la e entregá-la às chamas”.
Assim fala Javé: “Não vos iludais pensando: os caldeus se afastaram definitivamente de nós, porque eles não foram embora.
Mesmo se conseguísseis vencer todo o exército dos caldeus que combate contra vós, e se restassem só alguns feridos, esses surgiriam cada qual de sua tenda e entregariam esta cidade às chamas”.

Prisão de Jeremias.

Quando o exército dos caldeus se afastou de Jerusalém por causa do exército do faraó,
Jeremias saiu de Jerusalém para ir à terra de Benjamim a fim de receber sua parte da herança entre seus parentes.
Mas, quando estava na porta de Benjamim, onde se achava um encarregado do serviço da guarda, chamado Jerias, filho de Selemias, filho de Hananias, este prendeu o profeta Jeremias, dizendo: “Tu passas para os caldeus!”
Jeremias respondeu: “É falso! Eu não passo para os caldeus”; mas eles não lhe prestaram ouvido. E assim Jerias prendeu Jeremias e o conduziu aos magistrados.
Estes, furiosos contra Jeremias, açoitaram-no e o lançaram na prisão, na casa de Jônatas, o escriba, a qual tinham transformado em cárcere.
Jeremias entrou na casa da prisão subterrânea, na cela, e lá permaneceu muitos dias.

Jeremias interrogado por Sedecias.

O rei Sedecias mandou trazê-lo em segredo para sua casa e perguntou-lhe: “Há alguma palavra da parte de Javé?” Jeremias respondeu: “Sim”. E precisou: “Tu serás entregue nas mãos do rei de Babilônia”.
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Sedequías titubeava entre a rendição e a resistência. Muito assustado e débil para exercer autoridade, pediu ao Jeremías que fora em segredo ao palácio, esperando possivelmente que chegassem algumas boas notícias de Deus. Sedequías estava desesperado, queria escutar a Palavra de Deus, mas temia que surgissem problemas políticos se descobriam que falava com o Jeremías.
Depois, Jeremias disse ao rei Sedecias: “Que culpa cometi contra ti, contra teus ministros e contra este povo para que me tenhas lançado na prisão?
E onde estão vossos profetas que vos prediziam: O rei de Babilônia não virá contra vós nem contra este país?
Agora peço-te que escutes, ó rei, meu senhor; que minha súplica seja bem-aceita diante de ti. Não me mandes de volta à casa de Jônatas, o escriba, para que eu não morra lá”.
O rei Sedecias mandou guardar Jeremias no pátio da guarda e dar-lhe todo dia um pão proveniente da rua dos Padeiros, até que acabasse todo o pão na cidade. Assim Jeremias permaneceu no pátio da guarda.