Isaías 47

Desce e senta-te no pó, virgem filha de Babilônia. Senta-te no chão, sem trono, filha dos caldeus, pois não serás mais chamada terna e delicada.
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Isaías predisse a queda de Babilônia mais de cento e cinqüenta anos antes de que ocorresse. Neste tempo, Babilônia ainda não me sobressaía como a força mais capitalista da terra, o império orgulhoso que destruiria ao Judá e Jerusalém. Mas os babilonios, captores do Judá, cairiam cativos em 539 a.C. Deus, não Babilônia, tem o poder supremo. Utilizou a Babilônia para castigar ao povo de Deus pecador. Usaria aos medos e aos persas para destruir a Babilônia e liberar a seu povo.
Toma a mó e mói a farinha, tira o véu, levanta o vestido, descobre as pernas, atravessa os rios.
Que apareça tua nudez e que tua vergonha seja visível. “Executo minha vingança e ninguém se oporá”,
diz nosso Redentor, que se chama Javé dos exércitos, o Santo de Israel.
Senta-te em silêncio e entra nas trevas, filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada senhora dos reinos.
Eu estava irado contra meu povo, tinha deixado profanar minha herança, por isso a tinha entregue em tuas mãos; mas tu não lhe mostraste piedade; até sobre os velhos fizeste pesar duramente teu jugo.
Tu pensavas: “Sempre serei senhora, sempre”. Não consideraste essas coisas, nem pensaste qual seria seu fim.
Agora escuta isso, ó amiga dos prazeres, que reinavas segura e pensavas: “Eu e ninguém fora de mim! Não ficarei viúva, não conhecerei a perda dos filhos”.
Mas te acontecerão essas duas coisas, de improviso, num só dia: perda dos filhos e viuvez cairão sobre ti, não obstante a multidão de tuas magias e a força de teus muitos encantamentos.
Confiavas em tua malícia e dizias: “Ninguém me vê”. Teu saber e tua ciência te desviaram. No entanto dizias em teu coração: “Eu e ninguém fora de mim”.
Virá sobre ti uma desgraça que não saberás esconjurar; cairá sobre ti uma calamidade que não poderás evitar. De improviso virá sobre ti uma catástrofe que não imaginavas.
Continua, pois, com teus encantamentos e a multidão de tuas magias, pelas quais te cansaste desde a juventude: talvez poderão ajudar-te, talvez poderás causar terror!
Estás cansada de teus conselheiros: que se apresentem e te salvem os astrólogos que medem o céu e observam as estrelas, os quais todo mês te anunciam o que te vai acontecer.
Eis que são como estopa, o fogo os consome; não se salvarão a si mesmos do poder das chamas. Não haverá brasas para se aquecer, nem fogo diante do qual se assentar.
Assim se tornaram para ti teus magos, com os quais te cansaste desde tua juventude; cada um vai para seu lado e ninguém para te salvar.