1 Samuel 23

Disseram a Davi: “Os filisteus estão atacando Ceila e saqueando as eiras”.
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A era se tratava de um lugar circular e aberto onde se debulhavam as colheitas. (A fim de separar o grão da palha, os agricultores o ventilavam ao ar. Desta maneira o vento se levaria a palha, deixando sozinho o grão. Este processo se chama aventamiento.) Ao saquear as foi, os filisteus despojavam aos cidadãos da Keila de toda sua provisão de mantimentos. (se desejar mais informação sobre a era, veja-a nota a Rth 3:2.)
Davi consultou Javé: “Devo ir atacar esses filisteus?” Javé respondeu a Davi: “Vai, ataca os filisteus e liberta Ceila”.
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Mediante o Urim e Tumim que o sacerdote Abiatar trouxe (23.6), Davi procurou a direção de Deus antes de entrar em ação. Escutou suas instruções e logo atuou de acordo a elas. Devemos dedicar o tempo para discernir a vontade de Deus de antemão, e não fazê-lo depois e ter que pedir a Deus que desfaça os resultados de nossas decisões apressadas. Podemos escutá-lo falar mediante o conselho de outros, de sua Palavra e da direção de seu Espírito Santo em nossos corações, assim como através das circunstâncias.
Mas os homens de Davi lhe disseram: “Se mesmo aqui na Judeia temos medo, quanto mais indo a Ceila para atacar as tropas dos filisteus!”
Davi consultou novamente Javé, o qual lhe respondeu: “Põe-te a caminho, desce a Ceila, porque eu entregarei os filisteus em tuas mãos”.
Marchou, pois, Davi com sua gente para Ceila e atacou os filisteus; tomou-lhes seus animais e infligiu-lhes grande derrota, salvando assim os habitantes de Ceila.
Quando Abiatar, filho de Aquimelec, refugiou-se junto de Davi, ele desceu a Ceila levando consigo o efod.
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Um efod era um colete sem mangas, feito de linho, que usavam os sacerdotes. O efod do supremo sacerdote era de cores brilhantes e levava um peitoral com doze pedras preciosas que representavam cada uma das tribos. O Urim e o Tumim se guardavam em um saquito dentro do efod do supremo sacerdote. (se desejar mais informação sobre o efod, veja-a segunda nota a 2.18.)
Saul foi informado de que Davi tinha ido para Ceila e disse: “Deus o entregou em minhas mãos, porque ele se fechou a si mesmo, entrando numa cidade de portas e ferrolhos”.
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Quando Saul escutou que Davi se encontrava apanhado em uma cidade murada (uma com portas e vigas), pensou que Deus punha ao Davi a sua mercê. Saul desejava tanto matar ao Davi, que tivesse interpretado qualquer sinal como a aprovação de Deus para continuar com seu plano. Se Saul tivesse conhecido melhor a Deus, teria sabido o que O queria e não tivesse interpretado mal a situação como se Deus aprovasse o assassinato.Não todas as oportunidades as envia Deus. Podemos desejar algo tanto, que supomos que qualquer oportunidade para obtê-lo é de origem divina. Entretanto, como vemos no caso do Saul, isto pode não ser certo. Uma oportunidade para fazer algo contra a vontade de Deus nunca virá do, porque Deus não nos prova. Quando lhe pressentem em seu caminho oportunidades, analise duas vezes seus próprios motivos. Assegure-se de que segue os desejos de Deus e não só os seus.
Saul chamou todo o povo para a guerra, a fim de descerem a Ceila e cercarem Davi e sua gente.
Mas quando Davi soube que Saul tramava o mal contra ele, disse ao sacerdote Abiatar: “Traze o efod”.
Depois disse Davi: “Javé, Deus de Israel, vosso servo tem informação segura de que Saul planeja vir a Ceila para destruir a cidade por minha causa.
Os senhores de Ceila me entregarão nas mãos dele? Saul vai descer, como vosso servo ouviu dizer? Javé, Deus de Israel, manifestai-o, por favor, a vosso servo”. Javé respondeu: “Descerá”.
Davi perguntou novamente: “Os senhores de Ceila me entregarão a mim e a minha gente nas mãos de Saul?” Javé respondeu-lhe: “Entregarão”.
Então Davi e sua gente, cerca de seiscentos homens, se retiraram e, tendo saído de Ceila, andaram sem rumo. Quando Saul foi informado de que Davi havia fugido de Ceila, desistiu da expedição.

Davi em Zif.

Davi permaneceu no deserto, em lugares seguros, e ficou na região montanhosa do deserto de Zif. Saul o procurava continuamente, mas Deus não o entregou em suas mãos.
Davi soube que Saul tinha saído para tirar-lhe a vida e permaneceu no deserto de Zif, em Horesa.
Então Jônatas, filho de Saul, pôs-se a caminho e foi encontrar-se com Davi em Horesa e lhe fortaleceu a confiança em Deus, dizendo-lhe:
“Não temas, porque a mão de Saul, meu pai, não te alcançará. Tu reinarás sobre Israel, e eu serei o segundo depois de ti; bem o sabe Saul, meu pai”.
E os dois fizeram aliança na presença de Javé. Davi ficou em Horesa, ao passo que Jônatas voltou para casa.

Davi é traído pelos habitantes de Zif.

Os habitantes de Zif subiram até Gabaá, à procura de Saul, e lhe disseram: “Davi está escondido entre nós nos refúgios de Horesa, na colina de Aquila, que está ao sul do deserto.
Desce, pois, conforme é teu desejo, ó rei; e nós o entregaremos nas mãos do rei”.
Saul exclamou: “Que Javé vos abençoe, porque tivestes compaixão de mim!
Ide, por favor, e informai-vos melhor para conhecer e ver o lugar em que se refugia e quem o viu lá, pois me disseram que ele é muito esperto.
Procurai conhecer todos os esconderijos onde se oculta e voltai a mim com indicações precisas, e eu irei convosco. Se ele estiver na região, eu o buscarei entre todos os clãs de Judá”.
Eles partiram e foram a Zif, à frente de Saul. Mas Davi e sua gente estavam no deserto de Maon, na planície ao sul do deserto.
Saul foi para lá com sua tropa a sua procura; mas Davi, tendo sido avisado, desceu para um rochedo e ficou no deserto de Maon. Saul soube disso e perseguiu Davi no deserto de Maon.
Saul caminhava por um lado do monte, enquanto Davi com os seus caminhavam pelo outro. Davi se apressava para escapar de Saul, mas este e sua tropa apertavam o cerco a Davi e a sua gente para os prender.
Nesse momento chegou um mensageiro a Saul, dizendo-lhe: “Vem depressa, pois os filisteus invadiram o país”.
Então Saul desistiu de perseguir Davi e marchou contra os filisteus. Por isso aquele lugar foi chamado “Rocha da separação”.