Salmos 57

Ao mestre de canto. “Não destruas”. Cântico de Davi.
Será que realmente fazeis justiça, ó poderosos do mundo? Será que julgais pelo direito, ó filhos dos homens?
Não, pois em vossos corações cometeis iniquidades, e vossas mãos distribuem injustiças sobre a terra.
Desde o seio materno se extraviaram os ímpios, desde o seu nascimento se desgarraram os mentirosos.
Semelhante ao das serpentes é o seu veneno, ao veneno da víbora surda que fecha os ouvidos
para não ouvir a voz dos fascinadores, do mágico que enfeitiça habilmente.
Ó Deus, quebrai-lhes os dentes na própria boca; parti as presas dos leões, ó Senhor.
Que eles se dissipem como as águas que correm, e fiquem suas flechas despontadas.
Passem como o caracol que deslizando se consome, sejam como o feto abortivo que não verá o sol.
Antes que os espinhos cheguem a aquecer vossas panelas, que o turbilhão os arrebate enquanto estão ainda verdes.
O justo terá a alegria de ver o castigo dos ímpios, e lavará os pés no sangue deles.
E os homens dirão: “Sim, recompensa para o justo; sim, um Deus para julgar a terra”.