Descida de Cristo ao Inferno 1

ENTÃO JOSÉ disse: “E por que vos admirai de que Jesus tenha ressuscitado? O admirável não é isto; o admirável é que não somente ele ressuscitou, como também devolveu a vida a um grande número de mortos, que muito não são vistos em Jerusalém. E se não conheceis os outros, conheceis sim, pelo menos, Simeão, aquele que tomou Jesus nos braços, assim como também seus dois filhos, que igualmente foram ressuscitados. Pois a esses, pouco tempo, nós mesmos demos sepultura, e agora podem contemplar seus sepulcros abertos e vazios, e estão vivos e morando em Arimatéia”. Enviaram, então, algumas pessoas e compro-varam que os sepulcros estavam abertos e vazios. José então disse: “Vamos a Arimatéia e veremos se os encontramos.
E levantando-se os pontífices Anás, Caifás, José, Nicodemus, Gamaliel, e outros em sua companhia, foram até Arimatéia onde encontraram aqueles a quem José se havia referido. Fizeram, então, orações e abraçaram-se mutuamente. Depois regressaram a Jerusalém em sua companhia e os levaram até a sinagoga. E, ali postos, fecharam as portas, colocaram o Antigo Testamento dos judeus no centro e os pontífices disseram-lhes: “Que-remos que jureis pelo Deus de Israel e por Adonai, para que assim digais a verdade, de como haveis ressuscitado e quem é aquele que vos tirou de entre os mortos”.
Quando os ressuscitados ouviram isto, fizeram sobre suas faces o sinal da cruz e disseram aos pontífices: “Dai-nos papel, tinta e pena”. Trouxeram-lhes e, sentando-se, escreveram da seguinte maneira: